No bojo da operação Ararath, quelevou à prisão políticos de Mato Grosso, a Polícia Federal pretendia realizar buscas e apreensões na casa do senador Blairo Maggi (PR-MT). A Folha apurou que o pedido, no entanto, não foi autorizado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli.
A presença do senador nas investigações foi um dos motivos que levou o caso ao STF. Num inquérito que tramita na corte desde março, além de Maggi, aparecem como investigados os alvos da operação Ararath, que teve sua quinta fase deflagrada nesta terça-feira (20).
O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, foi alvo de buscas em seu apartamento e chegou a ser detido pela PF por posse ilegal de arma, mas pagou fiança. Foram presos o empresário e ex-secretário de Estado Éder de Moraes Dias e o deputado estadual José Geraldo Riva (PSD), presidente da Assembleia Legislativa, atualmente afastado.
A assessoria do senador disse que o parlamentar está em viagem fora do país e que não teve conhecimento da operação e nem do inquérito que corre no STF.
A Polícia Federal também não comentou o caso, uma vez que uma ordem judicial a impede de passar informações sobre a operação.