Folha de S. Paulo


Campos volta a atacar 'velhas raposas', que impedem desenvolvimento do país

O presidenciável do PSB, Eduardo Campos, voltou a atacar nesta segunda-feira (5) em discurso na Câmara Municipal de Belo Horizonte as "velhas raposas" da política que habitam o poder em Brasília.

Sem citar nomes, ele disse que "aquelas raposas políticas que estão por lá precisam deixar que o sonho do povo brasileiro se torne realidade". E emendou dizendo ser preciso resgatar a política no Brasil. "E não vamos resgatar a política no Brasil com as velhas práticas de ontem. As velhas práticas de ontem já não servem ao Brasil de amanhã", disse.

Por "raposas", Campos entende ser, por exemplo, o senador José Sarney, a quem atacou recentemente durante visita ao Maranhão. Campos vê em políticos do PMDB, especialmente, as dificuldades para o país criar algo novo.

"O arranjo político que está feito em Brasília hoje não sustenta nada de novo e nada que possa melhorar a vida do povo brasileiro", disse ele a uma plateia de apoiadores na Câmara de BH, onde recebeu o título de cidadão honorário, e a empresários durante palestra na sede d revista "Viver Brasil", em Nova Lima, na região metropolitana da capital mineira.

Campos disse ser preciso ter "coragem" para fazer com que o Brasil se livre da "velha política". "Nós não vamos governar com os fisiológicos, nós não vamos governar com os patrimonialistas, nós não vamos governar com aquele conjunto de força que cerca a todos os governos. Chegou lá, eles batem na porta. Na minha porta não vão bater, porque vão ficar quatro anos na oposição. É a única forma de a gente arrumar o Brasil. Não tem como fazer diferente."

Campos fez um balanço da política pós-ditadura militar (1964-1985) para concluir que "para fazer a transição democrática, foi preciso jogar um pedaço deles na oposição, mas rapidamente eles voltaram para ser governo". "Vemos os mesmos personagens que cercaram a transição política, a transição econômica e o atual governo"' disse Campos.


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