Folha de S. Paulo


Retrospectiva: Empresário Eike Batista vai de 'mais rico' a grande devedor

No fim de outubro, a OGX pediu à Justiça para suspender os pagamentos aos fornecedores e bancos, única alternativa para não quebrar. É um marco da derrocada de Eike Batista, que sonhava ser o homem mais rico do mundo.

O inferno astral de Eike começou em junho de 2012, quando o início da produção de petróleo da OGX decepcionou. Mas foi em 2013 que a situação se tornou dramática.

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Nesse ano, ficou evidente que a OGX não possui as reservas de petróleo que havia divulgado ao mercado, o que detonou a crise de confiança que arrastou o grupo X.

Eike vendeu seu império aos pedaços para pagar dívidas. Deu uma fatia da MPX (termelétrica) aos alemães, vendeu o controle do porto da MMX (mineração) a consórcio de holandeses e árabes e passou a LLX (logística) para um grupo dos EUA.

Sem achar parceiros para OGX e OSX (serviços navais), pediu recuperação judicial –um rombo de R$ 18,5 bilhões. Na véspera do Natal, o empresário deu um passo importante para sair do abismo: fechou um acordo para entregar sua petroleira aos credores, que toparam converter a dívida em ações.

Mas 2014 deve ser um ano difícil. Se vender tudo –participação em empresas, imóveis e etc–, Eike ainda deveria como pessoa física US$ 1,1 bilhão. Seus assessores calculam que vai demorar pelo menos quatro anos para ele se livrar dos credores.


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