O advogado de Arthur Teixeira, Eduardo Carnelós, disse que seu cliente nunca recebeu ou pagou propina. "É um profissional seríssimo e respeitadíssimo", afirmou o advogado: "É um homem de 78 anos que trabalha até hoje".
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Carnelós disse que seu cliente nunca foi chamado a depor na Polícia Federal e afirmou que não existem provas contra ele.
"Partiu-se de uma premissa absolutamente falsa segundo a qual ele não prestava serviço nenhum, a consultoria só emitia nota e pagava propina. É uma mentira deslavada", disse Carnelós.
De acordo com o advogado, a empresa funcionava de fato como uma consultoria e chegou a ter mais de 20 pessoas trabalhando. Ele contou ainda que Teixeira é formado em engenharia na Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e que trabalhou em diversos projetos na iniciativa privada antes de abrir a própria companhia.
Segundo Carnelós, Teixeira chegou a receber uma proposta do Ministério Público da Suíça para encerrar a ação no país com o pagamento de uma quantia. "Ele não aceitou porque não queria assumir algo que não fez e também não tinha dinheiro para pagar", afirmou. O valor do acordo seria de US$ 800 mil.
Procurada pela Folha, a Alstom disse que colabora com as autoridades e que não comenta questões sob investigação. A Siemens preferiu não se manifestar.