Após um protesto de pequenos agricultores antes de uma cerimônia oficial, a presidente Dilma Rousseff aceitou se encontrar com manifestantes na tarde desta sexta-feira (11) em Novo Hamburgo (região metropolitana de Porto Alegre).
Os agricultores, ligados à Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Sul, entraram pela manhã no centro de eventos onde ocorreria um evento com Dilma à tarde e exigiram um encontro com ela.
Os manifestantes protestavam contra a demarcação de terras indígenas no interior do Rio Grande do Sul.
Com a negociação para um encontro, eles aceitaram sair da frente do palco onde ocorreria o evento e se posicionaram ao fundo da plateia. Fixaram faixas e cartazes no local criticando iniciativas de novas terras indígenas.
Segundo a dirigente da federação Cleonice Back, a presidente se mostrou "sensível" à reivindicação na conversa. "Ela está compreendendo a nossa situação", afirmou.
O ministro Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) também participou da conversa. Ficou acertada uma reunião com o Ministério da Justiça sobre o assunto.
Antes do evento, Vargas recebeu uma carta de demandas dos agricultores.
ROYALTIES
A cerimônia no centro de eventos de Novo Hamburgo era uma formatura de 1.150 alunos de um programa federal de capacitação.
Dilma voltou a defender mais verbas para a educação e citou a destinação dos royalties do pré-sal para o setor.
"A parte dos royalties do governo federal, em dez anos, dá [R$] 112 bilhões. É uma conta exata, já existe essa riqueza."
Ela afirmou que, em 35 anos, o volume total pode chegar a R$ 700 bilhões.
Antes da formatura, Dilma inaugurou creches em um bairro na periferia de Novo Hamburgo.