Folha de S. Paulo


Dirigente do PT lamenta por Marina e defende reforma política

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), secretário-geral do partido, disse que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cumpriu a lei ao rejeitar a criação da Rede Sustentabilidade, mas lamentou que a ex-senadora Marina Silva não tenha conseguido viabilizar sua legenda.

"Na minha opinião, foi uma decisão que levou em conta as exigências formais, que a Rede não cumpriu. Isso demonstra que é preciso fazer uma reforma política e que a criação de partidos virou algo cartorial, o que não é bom. Lamento pela Marina, porque é uma pessoa de conteúdo", disse o parlamentar, que concorre à presidência do PT.

O TSE rejeitou nesta quinta-feira (3) a criação da Rede por 6 votos a 1 porque o partido não apresentou as 492 mil assinaturas necessárias para a formalização de seu registro.

O petista afirmou que a Rede é um partido "mais programático" do que o Pros e o Solidariedade, legendas que apresentaram os apoiamentos exigidos pela lei e tiveram sua criação aprovada na semana passada.

Para o parlamentar, é necessária uma reforma política que "reveja o sistema partidário, para que tenhamos partidos mais programáticos, e que a exigência de número de assinaturas não seja o único requisito".

Teixeira não quis opinar sobre a possibilidade de Marina se filiar a outro partido para concorrer ao Palácio do Planalto nem apontar se o resultado do julgamento favorece a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.

A ex-senadora é o nome de oposição mais bem colocado nas pesquisas sobre as eleições presidenciais de 2014. No último Datafolha, de agosto, ela aparecia com 26% das intenções de voto, atrás apenas de Dilma, que tinha 35%.

"Não quero ver vantagem à Dilma por esse aspecto, mas pela fortaleza do governo dela, que são as mudanças que vêm sendo promovidas no Brasil desde o Lula", disse Teixeira.


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