Folha de S. Paulo


Eugênio Aragão chefiará seção eleitoral do Ministério Público

O novo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, designou nesta quarta (18) Eugênio Aragão para assumir a função de vice-procurador-geral eleitoral.

A indicação foi antecipada pela coluna "Painel" no dia 20 de agosto.

O posto, na prática, é um dos mais importantes do Ministério Público Federal no ano de eleições presidenciais.

Caberá a Aragão, entre outras atribuições, a emissão de pareceres e a análise de recursos sobre propaganda eleitoral na TV e eventuais crimes cometidos durante a campanha para o Palácio do Planalto no ano que vem.

Derrotado na disputa pela vaga do ex-ministro Carlos Ayres Britto no STF (Supremo Tribunal Federal), Aragão substituirá Sandra Cureau, considerada "linha-dura" por petistas pela atuação na campanha de 2010.

Naquela oportunidade, Cureau propôs a aplicação de diversas multas a Dilma por suposta propaganda eleitoral antecipada, o que incomodou a então candidata à Presidência da República.

Em 2005, Aragão chegou a ser acusado por integrantes da Polícia Federal de supostamente ajudar a convencer autoridades norte-americanas a não repassarem documentos relativos a movimentações do mensalão no exterior, como as do publicitário Duda Mendonça.

Ele foi absolvido de todas as acusações em inquérito aberto na ocasião.

NÚMERO DOIS

Janot também nomeou a procuradora Ela Wiecko para exercer as funções de vice-procuradora-geral da República. Sem prejuízo das suas funções, Wiecko será a substituta imediata do procurador-geral em suas ausências e impedimentos.

A procuradora foi a segunda colocada na eleição interna organizada pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) em abril.

Com 457 votos, ela só foi superada por Janot, que alcançou 511 apoios, na lista tríplice encaminhada à apreciação da presidente Dilma.


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