Folha de S. Paulo


Professores fazem protesto nas escadarias da Alerj

Cerca de 30 professores da rede estadual de ensino fazem um protesto na tarde desta quinta-feira (12) nas escadarias da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). Os docentes reivindicam mudanças trabalhistas aos governantes e exigem um encontro com o governador Sérgio Cabral (PMDB).

"Vamos ser recebidos agora às 15h pelo deputado André Corrêa (PSD), mas ele é apenas um intermediador porque queremos mesmo marcar uma reunião com o governador ou com o vice já que o secretário de Educação Wilson Rodrigues não recebe mais o sindicato", disse Ivanete Conceição da Silva, coordenadora geral do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação).

Fabio Teixeira/Folhapress
Professores estaduais em greve montam barrcas para acampar em frente a Alerj, no centro do Rio de Janeiro
Professores estaduais em greve montam barrcas para acampar em frente a Alerj, no centro do Rio de Janeiro

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que o Sepe já foi recebido quatro vezes pela pasta, inclusive pelo secretário Wilson Rodrigues, e pelo vice-governador Luiz Fernando Pezão, há um mês. "Na segunda (9), Pezão recebeu animadores culturais e apresentou avanços à categoria. O secretário recebe e está aberto a receber sempre [integrantes do sindicato]", disse.

Entre as reivindicações deles estão a implementação de um terço da carga horária dos profissionais da categoria, uma matrícula [de funcionário] por escola e carga horária de 30 horas para todos os funcionários da área administrativa.

CPI DOS ÔNIBUS

Ao menos seis manifestantes acompanharam a audiência da CPI dos ônibus, na manhã desta quinta-feira, na Câmara dos Vereadores do Rio. A sessão seguiu sem interrupções ou tumultos.

Os ativistas colaram cartazes na mureta da tribuna com a frase: "nos aguardem". Eles também arremessaram baratas de plástico no plenário quando o secretário municipal de Transporte Carlos Roberto Osório concluía o seu depoimento.

Durante a audiência, Osório admitiu que usou um estudo referencial contratado pelos próprios empresários de ônibus junto à FGV (Fundação Getúlio Vargas) para definir o aumento das passagens de ônibus de R$ 2,50 para R$ 2,75, a partir de 1º de 2012 (valor que vigora até hoje). Ele disse, no entanto, que o valor final foi definido por técnicos da prefeitura.

"Só viemos para deixar o cartaz. Não queremos fazer parte de um público de um teatro", disse uma manifestante, que pediu para não ter o nome divulgado.

"O Chiquinho Brazão chamou a gente de sem teto. Falou que é um acampamento de férias e não político. Por isso, a gente resolveu enterrar eles e de quebra fizemos um túmulo para o prefeito Eduardo Paes (PMDB), para o governador Sérgio Cabral (PMDB) e para o empresário de ônibus Jacob Barata", disse um ativista, que se identificou como o Amarildo de Bangu e simulou túmulos na praça da Cinelândia, em frente à Câmara dos Vereadores.

A Câmara do Rio de Janeiro vem sendo alvo de protestos há mais de duas semanas, quando Chiquinho Brazão e Professor Uóston, dois vereadores do PMDB --mesmo partido de Eduardo Paes-- foram escolhidos para comandar a CPI do Ônibus, que investiga a concessão das linhas de ônibus municipais do Rio. Brazão e Uóston foram escolhidos, respectivamente, como presidente e relator da CPI.

Editoria de Arte/Folhapress

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