Folha de S. Paulo


Desfile termina sem protestos em Florianópolis

O desfile do Sete de Setembro em Florianópolis terminou às 10h deste sábado, após uma hora e meia de duração, sem nenhum registro de protesto.

Nem os grupos do Grito dos Excluídos, que todos os anos se mobilizam na data para criticar governo, patrões e pedir mais verba para saúde e educação, apareceram.

Em junho, no auge dos protestos no país, Florianópolis registrou oito grandes atos, dois deles com fechamento total das pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Salles, os dois únicos acessos por terra à cidade.

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A maior manifestação foi no dia 18, com participação de 25 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, o que representa cerca de 6% da população local.

O governador Raimundo Colombo (PSD), alvo de críticas nos protestos da época, não participou do desfile deste sábado em Florianópolis porque está na China, em viagem oficial.

Em junho, nos momentos mais críticos dos atos no Estado por melhorias no transporte, educação, saúde e moralidade na política, ele também estava no exterior em viagem de negócios.

O desfile na capital catarinense tradicionalmente é feito no sambódromo da cidade, mas o local foi embargado pela Defesa Civil na quinta-feira (5) por problemas na arquibancada e o evento foi transferido para uma avenida do bairro Estreito, na parte continental da cidade.

Só militares desfilaram. A participação de 1.200 estudantes foi cancelada pelo governo do Estado depois da troca de endereço.

O comando da Polícia Militar negou que o cancelamento tenha ocorrido por causa da possibilidade de atrito com manifestantes, já que a avenida do Estreito, diferentemente do sambódromo, não tem muros de proteção.


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