Folha de S. Paulo


De olho em aliança para reeleição, Alckmin corteja prefeitos do PMDB

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), trabalha para tentar atrair o PMDB, partido do vice-presidente da República, Michel Temer, para a chapa de apoio a sua reeleição em 2014.

Amanhã, ele receberá 40 prefeitos da legenda no Palácio dos Bandeirantes para anunciar, em um café da manhã, recursos para seus municípios. A comitiva peemedebista será liderada pelo deputado estadual Baleia Rossi, presidente do PMDB-SP.

A sigla afirma que terá candidatura própria ao governo, com Paulo Skaf, mas alguns de seus integrantes defendem que o partido apoie a petista Dilma Rousseff para presidente e Alckmim em SP.

O acordo agradaria principalmente aos prefeitos do interior, dependentes de recursos federais e do Estado.

Para atrair o PMDB, o tucano aceita inclusive ceder o cargo de vice-governador ao partido, que, oficialmente, não cogita abrir mão da candidatura própria. "Não tem espaço para essa conversa. É uma questão de sobrevivência partidária", diz Baleia Rossi.

O PMDB paulista tem como prioridade para 2014 aumentar suas bancadas, especialmente na Câmara, e seus dirigentes afirmam que isso só será possível com candidato próprio ao governo.

Em 2010, quando era comandado pelo ex-governador Orestes Quércia e apoiou Alckmin, o partido fez apenas um deputado federal em São Paulo, Edinho Araújo --Gabriel Chalita, eleito pelo PSB, mudou para o PMDB no ano seguinte.

A meta agora é eleger sete federais, tendo entre seus puxadores de voto Chalita e Rossi, que tentará a Câmara.

Uma das apostas do partido para 2014 é parente de uma vítima de um crime de grande repercussão no país: Márcio Nakashima, irmão da advogada Mércia Nakashima, assassinada em 2010.


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