Folha de S. Paulo


Com invasão de plenário, Câmara do Rio adia início da CPI dos Ônibus

A ocupação da Câmara dos Vereadores do Rio alterou a programação da recém-criada CPI dos Ônibus. A primeira audiência da comissão parlamentar de inquérito acabou cancelada diante do impasse provocado pela presença dos 13 manifestantes, que seguem acampados no plenário da casa desde a última sexta-feira (9).

A primeira sessão da CPI seria amanhã, com as presenças do atual secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, e do ex-titular da pasta, Alexandre Sansão. Mas, em reunião na tarde desta segunda-feira (12), os vereadores avaliaram que seria melhor adiar o início do trabalho da comissão.

ACESSO RESTRITO

Com o protesto no plenário, a direção da Câmara proibiu o acesso do público, de jornalistas e de assessores parlamentares. Já os vereadores mantiveram o direito à entrada livre.

Ao sair, no entanto, alguns parlamentares acabaram hostilizados por outros manifestantes concentrados em frente à Câmara, na praça da Cinelândia, no centro do Rio.

O ex-prefeito Cesar Maia, atual vereador pelo DEM, teve seu carro cercado após a reunião desta tarde na Câmara. E o para-brisa de seu veículo acabou sendo alvo de cusparadas.

Entre as principais reivindicações dos manifestantes contra a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Ônibus estão: a anulação da sessão que decidiu pela presidência e relatoria da comissão e realização de uma nova com acesso irrestrito do público; retirada dos vereadores Chiquinho Brazão e professor Uóston da presidência e relatoria; que só vereadores que votaram pela instalação da CPI participem dos trabalhos de investigação; que Eliomar Coelho (PSOL) seja o presidente da comissão; e que todas as reuniões sejam públicas e divulgadas com antecedência.


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