Folha de S. Paulo


Deputados fecham acordo para votar MP que reduz conta de luz nesta terça

Líderes do governo e da oposição na Câmara fecharam um acordo para concluir até o início da tarde desta terça-feira (28) a votação de duas medidas provisórias consideradas prioritárias ao governo e que perdem a validade na próxima segunda-feira (3).

Uma delas garante desconto na redução da tarifa de energia e a outra estende para novos setores a desoneração da folha de pagamento.

Promessa de Renan ameaça medida provisória que reduz conta de luz

Para chegar ao entendimento, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), marcou para o dia 3 de julho a análise de um projeto que derruba uma contribuição adicional de 10% ao FGTS pago pelos trabalhadores em caso de demissão sem justa causa.

Essa é uma pauta dos empresários, potenciais financiadores de campanha e conta com simpatia de partidos da base aliada que vinham bloqueando a votação das medidas provisórias.

O governo não aceita analisar o fim da medida, que representa uma arrecadação de R$ 3 bilhões aos cofres públicos por ano, mas o líder do PT, José Guimarães (CE), disse que o Planalto vai discutir uma saída até julho.

Com o acordo, os líderes da Câmara pretendem acelerar a votação das medidas provisórias até o início da tarde para tentar evitar um desgaste político ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que prometeu não votar qualquer medida provisória que chegasse com menos de sete dias para análise na Casa.

Diante dessa promessa, os governistas começaram a flexibilizar a fala de Renan. Avaliam que ele não está descumprindo sua promessa porque com o envio das medidas provisórias no dia de hoje elas chegam perto do prazo estipulado.

"Vamos votar as duas medidas provisórias porque são importantes para o Brasil", disse Eduardo Alves.


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