Folha de S. Paulo


Sem regulação dos portos, país terá retrocesso, diz ministro da Agricultura

Em mais uma frente do governo em defesa da medida provisória que regulamenta o setor de portos, o ministro Antonio Andrade (Agricultura) disse nesta terça-feira (14) que, sem a proposta, o país vai enfrentar um retrocesso de "impacto muito grande".

Segundo o ministro, a agricultura é o setor que será mais beneficiado com a regulação do setor. Andrade disse que é preciso modernizar os portos para garantir e ampliar as condições de exportação da produção brasileira.

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"Se tivéssemos portos eficientes com custo barato, teríamos condições de exportar 15 milhões de toneladas de milho só neste ano. Milho este que vai sobrar no mercado", disse. "Temos de fazer todo o esforço para votar a MP. Estamos pedindo aos parlamentares para dar quórum", completou.

Segundo o governo, o texto original da MP tem potencial para reduzir custos e atrair investimentos. O objetivo é estimular a competição entre portos privados e públicos, na esperança de solucionar assim um dos principais gargalos da infraestrutura do país.

O objetivo do governo com a reforma é estimular a competição entre portos privados e públicos. A MP remove restrições que inibem as empresas que controlam terminais privados, o que desencadeou a oposição de empresas que exploram áreas dentro de portos públicos.

Para que a medida não deixe de vigorar, o governo tenta quebrar resistência de aliados e votar na Câmara e no Senado o texto até quinta-feira (16), quando a medida perde a validade.


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