Folha de S. Paulo


Com possibilidade de sair do cargo, ministro da Ciência diz que é 'dedicado'

Sempre na lista de possíveis demitidos quando se fala em reformas ministeriais, o ministro Marco Antônio Raupp (Ciência e Tecnologia) disse nesta quarta-feira (6) não fazer ideia "de onde surgem essas especulações".

"Sou um funcionário dedicado, um funcionário público dedicado aos projetos que estou envolvido", disse, logo após reunião com a presidente Dilma Rousseff no Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia.

Alan Marques - 24.jan.12/Folhapress
Ministro Marco Raupp, em entrevista quando assumiu cargo
Ministro Marco Raupp, em entrevista quando assumiu cargo

De perfil técnico, Raupp disse que nunca tratou de reforma ministerial com a presidente e afirmou trabalhar "como se fosse ficar permanentemente no governo".

"Não vou ficar permanentemente, mas trabalho até o último dia como se estivesse permanente aqui, com a mesma determinação e o mesmo afinco", disse o ministro.

Raupp assumiu o ministério de Ciência e Tecnologia em janeiro de 2012, no lugar de Aloizio Mercadante que foi para o comando da Educação.

Formado em física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e PhD em matemática pela Universidade de Chicago, ele estava na presidência da AEB (Agência Espacial Brasileira) antes de ser escolhido ministro.

De olho na vaga de Raupp, está o PMDB que aposta no nome do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) para assumir o cargo.

Chalita já afirmou que prefere o cargo no governo federal a ser candidato ao governo de São Paulo, em 2014. A troca de ministros, contudo, não é garantida.

BIOTECNOLOGIA

Nesta quarta, Raupp disse ter apresentado, durante a reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, relatório das principais atividades do ministério sob sua gestão. Segundo ele, o trabalho foi aprovado inclusive pela presidente Dilma.

De acordo com Raupp, Dilma quer investir em biotecnologia. A presidente pediu ao conselho uma proposta para estimular pesquisa e desenvolver tecnologia na área.

Durante a reunião, criticou-se o projeto de lei em tramitação no Congresso que prevê um novo estatuto do magistério e proíbe desenvolvimento tecnológico para empresas.

"A crítica tem fundamento", disse o ministro, afirmando que as regras podem ser alteradas.


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