Folha de S. Paulo


Omissão do STF é escandalosa, diz leitor sobre afastamento de Cunha

CUNHA E O STF

Bernardo Mello Franco, em "A lição de Erundina ao STF", premia-nos com suas críticas a esse estado absurdo de coisas que nos assola. A omissão escandalosamente política do STF aos poucos evidencia seu lado mesquinho e fisiológico. A "cobrança da fatura" após o STF não interferir nas votações do impeachment na Câmara revela quanto as instituições brasileiras "são sólidas e estão funcionando". É difícil ter esperanças neste país.

JÚLIO TAVARES (Brasília, DF)

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Não há verdade que sobreviva diante da tirania. Diante do homem com poder e nenhuma responsabilidade, diante do homem com poder e sádico, diante do homem com poder e fascista, não há verdade que resista. Pode-se provar uma verdade quantas vezes quiser. Diante de um tirano importa somente sua prepotência, seu sadismo, sua vilania, sua fome descontrolada de poder. Diante de um Congresso de tiranos, diante da falta da razão, ou a verdade é abatida ou ela provoca um levante.

JULIO CÉSAR CALDAS ALVIM DE OLIVEIRA, diretor cinematográfico (Florianópolis, SC)

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IMPEACHMENT

A presidente Dilma estuda fazer viagens ao exterior para denunciar o "golpe". Esperamos que para tais peregrinações não se utilize de recursos do povo brasileiro.

MELCHIOR MOSER (Timbó, SC)

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A crise de hoje é de representatividade. O modelo está falido e a partilha do poder é uma temeridade. Devemos priorizar a meritocracia e dar valor aos que têm conhecimento e técnica de trabalho. Adotasse o governo atual essa regra, bilhões não estariam desviados nem as estatais sucateadas. Os partidos políticos não podem aprisionar a soberania.

YVETTE KFOURI ABRAO (São Paulo, SP)

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A manchete "Imprensa internacional não chama impeachment de golpe" ("Poder", 29/4) é de uma parcialidade incrível, além de inverídica, pois, dos dez veículos mencionados, apenas três dizem isso explicitamente. Nos termos da reportagem, vê-se que toda a imprensa estrangeira tece duras críticas ao processo e o considera desproporcional e injustificável. Contudo a Folha optou pela manchete que mais lhe convém. Lamentável.

FLÁVIO R. FONSECA (Mendes, RJ)

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Que legitimidade tem Michel Temer para sair privatizando e cortando direitos? Quantos eleitores endossaram com seus votos essas propostas? Ainda que seja um processo complicado, é possível emendar a Constituição Federal. Realizar eleições é o único caminho para a escolha de um presidente da República com apoio e confiança para enfrentar a crise ("Plano de Temer prega privatizar 'tudo o que for possível' na infraestrutura.

LICA CINTRA (São Paulo, SP)

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PARENTES NO STJ

O editorial "Nuvens no STJ" e todo esse cenário político vivido no país fizeram lembrar uma citação de "Raízes do Brasil": "A escolha dos homens que irão exercer funções públicas faz-se de acordo com a confiança pessoal que mereçam os candidatos, e muito menos de acordo com as suas capacidades próprias. Falta a tudo a ordenação impessoal que caracteriza a vida no Estado burocrático." Que sirva de lição para o momento de transição que viveremos.

LEONARDO ASSIS, bibliotecário e historiador (São Paulo, SP)

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A notícia de que os ministros do STJ julgam e votam em processos em que seus parentes são parte com o pretexto de falha no sistema de controle do tribunal é bizarra. São dez magistrados equivocados que precisam que o sistema do STJ lhes ensine os princípios mais comezinhos do direito.

NILTON NAZAR (São Paulo, SP)

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JOSÉ DE ABREU

Solidarizo-me com o ator José de Abreu. Vivemos em um país em que o fascismo está presente e a intolerância contra quem é petista, esquerdista, comunista, progressista disfarça uma democracia de fachada. Não vemos a condenação dos reais criminosos, mas dos movimentos sociais. O Judiciário é cúmplice desse golpe que se apresenta, arquitetado por boa parte da mídia e por políticos retrógrados.

PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS, advogado (Curitiba, PR)

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O artigo de José de Abreu é de uma profunda tristeza ao afirmar que o Brasil perdeu a cordialidade por hostilizar e insultar autoridades, mesmo sem qualquer agressão física. Por isso o povo é criticado, ao contrário das incalculáveis manifestações e invasões violentas que dilapidaram e destruíram patrimônio público. Senhor Abreu, evoluímos da violência para a perda de cordialidade e esperamos pela volta da paz e da civilidade.

JOÃO ANTÔNIO LEITE (Florianópolis, SC)

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FAPESP

Embora alertada sobre os esclarecimentos do governo do Estado, a Folha ignorou o outro lado tanto em reportagem quanto em editorial sobre afirmações feitas em reunião de secretários, atacando o governador Geraldo Alckmin com base em boato já desmentido. A Folha foi informada de que Alckmin falava sobre ampliação de recursos para os 19 institutos de pesquisa do Estado. Em momento algum o governador reduziu a atuação da Fapesp, tampouco sua importância. Se a tese tivesse fundamento, o orçamento da Fundação não teria disparado de R$ 830 milhões em 2011 para R$ 1 bilhão em 2015, crescimento de 20%.

EUZI DOGNANI, subsecretária de comunicação do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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NOTA DA REDAÇÃO - A reportagem desta Folha confirmou, com participantes do encontro, que o governador Geraldo Alckmin dirigiu críticas à Fapesp.

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