Folha de S. Paulo


Secretaria contesta reportagem sobre casos de microcefalia em São Paulo

Sobre a reportagem "Sem padrão entre Estados, 'mapa' da microcefalia no país é incerto" ("Cotidiano", 1º/2), não é verdade que São Paulo optou por notificar apenas os casos de microcefalia em que as mães relatam terem tido sintomas de zika na gestação. Por meio do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, a Secretaria da Saúde reporta ao Ministério da Saúde todos os casos de microcefalia notificados por municípios. Já por meio do Registro de Eventos em Saúde Pública, a pasta informa sobre casos de microcefalia possivelmente associados ao vírus zika, para os quais considera, além da presença de exantemas durante a gestação e do perímetro cefálico dos bebês igual ou inferior a 32 cm, exames sorológicos que descartam todos os demais fatores causadores da má-formação.

Hélia Figueiredo de Araújo, coordenadora de imprensa da Secretaria da Saúde do Estado de SP (São Paulo, SP)

RESPOSTA DA JORNALISTA NATÁLIA CANCIAN - Ao optar por informar só parte dos dados para o Registro de Eventos em Saúde Pública, que registra suspeitas de microcefalia, o Estado de São Paulo deixa de contabilizar os outros casos recentes em balanço nacional. A informação de que os demais foram registrados no outro sistema foi contemplada no texto.

*

Posso entender a posição moral e religiosa daqueles que são contra o aborto. Mas chamar de eugenia a interrupção de uma gravidez com risco de microcefalia não parece correto. Não são os integrantes dos grupos antiaborto que vão ter que criar essas crianças pelo resto da vida.

Omar Reis (São Paulo, SP)

*

PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br


Endereço da página:

Links no texto: