Folha de S. Paulo


Entidades criticam decisão judicial que libera suposta droga contra o câncer

O Instituto Paliar vem a público expressar seu repúdio à distribuição de cápsulas de fosfoetanolamina no campus de São Carlos da USP. De acordo com a imprensa, a droga não foi submetida a testes em humanos de modo a comprovar sua eficiência. Lamentamos o desrespeito à fragilidade emocional de pacientes crônicos e familiares. Expressamos perplexidade diante da decisão judicial de obrigar a USP a distribuir uma droga que não pode ser caracterizada como remédio, visto que não foi submetida aos procedimentos técnicos e científicos de aprovação.

DALVA YUKIE MATSUMOTO, diretora do Instituto Paliar (São Paulo, SP)

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A Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) expressa consternação diante do argumento da decisão judicial que ordena a distribuição de uma substância não submetida a testes para uma paciente em "estado terminal". A situação envolve o entendimento errôneo da "terminalidade" da doença, o que é gravíssimo. Profissionais de cuidados paliativos trabalham diariamente na conscientização da população nesse sentido. Toda pessoa com doença ameaçadora à vida deve receber um tratamento específico e adequado.

MARIA GORETTI MACIEL, presidente da ANCP (São Paulo, SP)

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