Maria Alice Setubal, em seu Educação, 'prioridade das prioridades', mencionou que a Base Nacional Comum Curricular é uma oportunidade de se chegar a um documento que espelhe anseios de professores, embora ela reconheça que um currículo por si só não garanta a melhoria do ensino, mas levará à discussão de questões centrais da educação. Enquanto isso, os melhores vestibulandos da escola de educação não objetivam carreira no magistério, mas obter um diploma de grau superior, exigido em muitos empregos. Nas questões da educação, sobram discussões e mínguam resultados.
JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP)
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Como Rose Neubauer tem coragem de defender a separação em prédios diferentes de escolas dos anos iniciais e finais do ensino fundamental e do ensino médio (A escola que faz diferença), se tal medida não deu certo quando foi implantada por ela à frente da Secretaria da Educação? De fato, ela fez a diferença, deixando milhares de estudantes sem escolas e empurrando estudantes e professores aos municípios. Também implementou uma falsa progressão continuada, a aprovação automática, criando uma geração excluída do acesso ao conhecimento necessário para a continuidade dos estudos, para o mundo do trabalho e para a vida.
MARIA IZABEL AZEVEDO NORONHA, presidente da Apeoesp (São Paulo, SP)
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Contrariando a opinião da leitora Jussara Beltreschi (Painel do Leitor) de que o artigo da professora Sonia Portella Kruppa (Qualidade na contramão) seja ideológico, penso que o referido texto é lúcido e objetivo porque procura fundamentar na análise histórica e na exposição de rigorosos dados quantitativos, sua tese de que as reformas educacionais impostas pelo PSDB, desde 1995, têm se caracterizado pela contenção do gasto público às custas da qualidade da educação. Mais ainda, tratam a "população como gado" porque têm sido reformas impostas de cima para baixo, sem divulgação e debate pela população, que é seu principal alvo e vítima.
HELOÍSA FERNANDES, socióloga (São Paulo, SP)
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