Folha de S. Paulo


Leitores criticam negociação entre governo e Eduardo Cunha

O governo paparica o tétrico Eduardo Cunha para evitar o impedimento de Dilma (Cunha negocia acordo com governo para salvar mandato ). A oposição faz o mesmo para acelerar o impedimento (Oposição racha após nota em que pediu renúncia de Cunha ). Todos agarrados ao poder e suas benesses. Desta trinca, quem pensa no Brasil, no "povo", no trabalhador a cada dia mais esfolado? Enquanto as "autoridades" bailam em torno de seus interesses pessoais, o Brasil afunda, sem perspectiva.

PAULO VENTURELLI, professor da UFPR (Curitiba, PR)

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Alan Marques/Folhapress
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB)
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB)

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No enfrentamento entre a presidente da República e o presidente da Câmara, o povo assiste ao vergonhoso espetáculo: a presidente brada contra a corrupção, mas, incoerentemente, ao que parece, querendo uma corruptiva troca. O deputado sendo poupado dos pecados cometidos e a presidente se livrando de temerosa deposição. A que ponto chegaram, pela barganha, o Congresso e o Planalto.

EDSON FREIRE, professor (São Paulo, SP)

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O texto de Reinaldo Azevedo sobre Eduardo Cunha está equivocado (Abaixo o golpismo! ). A impressão é que ele, como já teve "ilusão" na seriedade do presidente da Câmara e o alçou às alturas, agora constrói argumentos para aliviar a barra do parlamentar. Eduardo Cunha é pauta principal da imprensa neste momento porque suas malfeitorias acabam de ser expostas, mas é óbvio que os empreiteiros, os partidos governistas e seus operadores continuam sendo o centro do petrolão.

FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP)

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Dilma fez o diabo para se eleger e jogou o país num verdadeiro inferno. Agora, ela e Cunha, outro que faz o diabo para se manter no cargo, dão-se um abraço de afogados e Lula os enlaça com todo amor e carinho. Um retrato fiel da tal "força moral e reputação ilibada" da presidenta num autoelogio de dar engulhos até em estômago de urubu (Dilma critica 'moralistas' e 'conspiradores' ).

ELIANA FRANÇA LEME (São Paulo, SP)

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Fantástica a foto do ex-presidente Lula na "Primeira Página" de 14/10. Parece que está pedindo algo aos deuses ou rogando praga na elite branca. Parabéns.

JOSÉ ANTÔNIO GARBINO, médico (Bauru, SP)

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O que pode convencer Eduardo Cunha a entrar no jogo proposto pelo governo de salvação mútua é a aparente ascendência do Palácio do Planalto sobre o procurador- geral, se levarmos em conta que processo sobre Renan Calheiros parece dormir em alguma gaveta. Inexplicavelmente, o presidente do Congresso, até aqui, está passando incólume neste escândalo depois de se mostrar cordato com o governo. O fato é que quase todo o alto escalão da República está mergulhado até o pescoço em graves irregularidade e os cidadãos só podem assistir estarrecidos.

LUIS ROBERTO NUNES FERREIRA (Guarujá, SP)

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Muito equilibrada a proposta do ministro do STF, Marco Aurélio Mello, de "renúncia coletiva" de Dilma Rousseff, Temer e Eduardo Cunha. Entretanto, o ministro é muito otimista ao considerar esta possibilidade –uma utopia. Absolutamente impossível. Afinal, esta é a típica situação que nos faz lembrar a célebre frase de Lord Acton: o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente.

LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)

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Sebastião Moreira/Efe
A presidente Dilma Rousseff participa do Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores
A presidente Dilma Rousseff participa do Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores

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O risco de impeachment da presidenta Dilma é deveras ínfimo, enquanto as acusações que pesam sobre o presidente da Câmara dos Deputados estão se complicando. Agora, o ministro Teori Zavascki aceitou mais um inquérito contra ele sobre as contas na Suíça. Dilma teria muito mais a perder se o apoiasse. Agora como ficam os golpistas de plantão e a mídia antigovernista?

PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS, advogado (Curitiba, PR)

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