Folha de S. Paulo


Leitores comentam vitória alemã e decepção com o Brasil no Mundial

A eficiência do futebol e da cultura da Alemanha não é novidade. Durante muitos anos, os jovens alemães aprendem que é preciso planejar, plantar, colher e armazenar no tempo certo, para encarar o inverno rigoroso. Diferentemente do que ocorre no Brasil, onde há mais de 500 anos, sabendo que "aqui plantando, tudo dá", criamos a cultura do jeitinho, acreditamos que Deus é brasileiro e que, no final, tudo vai dar certo.

MAURO ZENHITI AZANA (São Paulo, SP)

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Eu tinha 12 anos quando o Brasil perdeu para o Uruguai, em 1950. Ouvi o jogo pela Rádio Panamericana, com o espetacular Pedro Luiz. Chorei de tristeza. Esperei 64 anos por outro Mundial no Brasil para, desta vez com TV digital, chorar de alegria. Bastou o jogo contra a Croácia para verificar que daria tudo errado. Não criei expectativas positivas nem me iludi. Esperei pelo pior, que acabou acontecendo. Desta vez, quase chorei de raiva.

BENEDICTO CESAR DE SOUZA (São José dos Campos, SP)

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Diante do fracasso da seleção brasileira e do clamor popular por mudanças, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, como bom político, procura jogar todas as responsabilidades para a comissão técnica. Entretanto, seriam necessárias mudanças mais profundas na estrutura administrativa e esportiva, adotando-se métodos mais modernos na gestão da entidade e dos clubes, com ênfase nas concepções de jogo, que deveriam atingir as categorias de base. Parece uma estratégia para que ele continue usufruindo do poder, sem compromisso com o nosso futebol.

JOSÉ OSVALDO GONÇALVES ANDRADE (Belo Horizonte, MG)

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A organização da Copa do Mundo demonstrou que existe competência no governo e recursos para oferecer serviços públicos de melhor qualidade ("Padrão Copa", "Opinião", 14/7). O que falta é vontade. Sugiro que a Folha compare, por exemplo, os indicadores de criminalidade antes e durante o evento.

RENATO MINELLI FIGUEIRA, professor da UFMG (Belo Horizonte, MG)

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Walter Barretto Jr. e outros, esquecendo-se do fracasso das previsões do "imagina na Copa", querem agora impingir a derrota em campo ao governo, tentando escamotear o enorme sucesso da organização da "Copa das Copas" –que recebeu de jornalistas e turistas estrangeiros nota dez em segurança, locomoção, beleza e funcionalidade dos estádios, hospitalidade e simpatia.

DAGMAR ZIBAS (São Paulo, SP)

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