Folha de S. Paulo


Para leitor, talento, coesão e sorte determinam vitórias da seleção

O atual estado de espírito da nossa seleção confirma que o cargo de técnico não existe. Alguém está lá, mas poderia ser qualquer um de nós. Quem convoca a seleção? Um consenso vocalizado pela imprensa esportiva, que também escala o time. Quem o muda quando ele joga mal? Há o técnico paizão (Luiz Felipe Scolari), o retórico (Paulo Autuori), o espertinho (Vanderlei Luxemburgo), mas quem ganha mesmo um jogo é uma equipe talentosa e coesa –e com sorte, muita sorte.

CARLOS MORAES (São Paulo, SP)

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Desde que o Mundial começou, não se fala mais em avalanche de crimes no país. A segurança é perfeita, tudo funciona, os escândalos financeiros deram uma trégua e bilhões deixaram de ser surrupiados dos cofres públicos. É uma alegria e uma paz que não víamos há muito. É o padrão Fifa de viver. Seria bom se, após a Copa, continuasse assim.

LUIS FERNANDO SANTOS (Laguna, SC)

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Sou agradecido à jornalista Eliane Brum pela reportagem "Zona controlada" ("Copa 2014", 2/7). Ela nos revelou uma série de detalhes que todos os que acompanham futebol gostariam de conhecer e nos trouxe de volta uma personagem das mais querida do jornalismo esportivo: "Vital Battaglia, 71 anos, jornalista ganhador de nove Prêmios Esso, que cobriu as Copas de 1962 a 2006".

CLÁUDIO AMARAL, jornalista (São Paulo, SP)

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Os jogadores da seleção brasileira –todos marmanjos e muitíssimo bem pagos para o que fazem– não precisam de psicólogos, mas, sim, precisam apresentar resultados dentro de campo, jogando um futebol de qualidade, e fazendo gols. Tudo o que até agora não tem acontecido.

PAULO RIBEIRO DE CARVALHO JR. (São Paulo, SP)

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Ao leitor uruguaio Darwin Montaldo (Painel do Leitor, 1º/7), que comentou a punição da Fifa a Luis Suárez, digo que o Brasil, quando aceitou a realização da Copa, estava ciente das regras impostas pela Fifa. Ela teria o controle total da Copa, da venda de ingressos para os jogos à de cerveja nos estádios, não permitida no país. Como Suárez é reincidente em mordidas, ele deveria iniciar um tratamento psiquiátrico. Mas se a justiça esportiva brasileira tivesse que julgá-lo, provavelmente a punição seria apenas o pagamento de algumas cestas básicas a pessoas necessitadas.

EDGARD GOBBI (Campinas, SP)

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O paralelo entre a épica caminhada de Didi e o copioso choro do atual capitão é injusto para com o último. Didi, o melhor jogador da Copa de 1958, tinha ao seu lado Garrincha e Pelé. Qual o comportamento de Thiago Silva, quando vê os jogadores que o ladeiam? Tem de chorar mesmo. Pior do que chorar é esconder o choro em demonstração inútil de ser "macho". Interessante é o fato de que os que choram vem jogando bem. Não seria o caso de todos chorarem?

RAUL MOREIRA PINTO (Passos, MG)

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É muito fácil para Dilma afirmar que "demos uma goleada nos pessimistas, naqueles que anunciavam que seria um caos". Só que ela se esquece de que a conta ainda está para ser paga. E quem vai pagar somos nós, os contribuintes. Fica fácil fazer reverência com o chapéu alheio. Principalmente quando não se mexe nos bolsos dela. Tudo vale para a reeleição. O contribuinte que se dane.

CONRADO DE PAULO (Bragança Paulista, SP)

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Brilhante o texto de Ruy Castro, com a ressalva de que os jogadores não são meninos. São homens feitos, esclarecidos, sem problemas de grana, fama etc. Chorar no hino, ou na cobrança de pênaltis não combina com a experiência e maturidade que eles deveriam demonstrar. Não vemos isso em outras seleções. Pior é o "capitão" Thiago Silva se negar a cobrar a penalidade porque não se sente emocionalmente preparado. Brincadeira, né, Felipão?

ANTONIO CARLOS DE LIMA (São Paulo, SP)

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Deplorável a conduta do assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, que se envolveu numa briga com um jogador chileno logo após o jogo Brasil contra o Chile. Merecidamente, foi punido e suspenso pela Fifa. É uma atitude inaceitável para um profissional da CBF, que revela despreparo para a função e que não tem um mínimo de equilíbrio emocional. Paiva sempre foi um bajulador dos cartolas corruptos da CBF e deveria ser demitido sumariamente após mais esse lamentável episódio. Há inúmeros jornalistas éticos, competentes e muito mais preparados do que ele para exercer tal cargo.

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

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Só as elites têm condições financeiras de frequentar os estádios, daí a repulsa à presidente Dilma no Itaquerão. Que tal superar o episódio? Basta, com o aparato de segurança, comparecer aos jogos em qualquer cidade-sede e, junto à autêntica massa, nos eventos franqueados a todos e patrocinados pela Fifa, ver os jogos numa Fan Fest. É uma forma inconteste de calar a boca de muita gente.

HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES (Vila Velha, ES)

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