Folha de S. Paulo


Governo venezuelano fechou 49 veículos de mídia em 2017, diz sindicato

O governo da Venezuela fechou 49 veículos de comunicação em 2017, denunciou o principal sindicato de jornalistas do país durante um protesto neste sábado (26), após duas emissoras de rádio terem sido tiradas do ar. "Registramos o fechamento de 49 meios de comunicação, na maioria emissoras de rádio, mas também canais de TV por assinatura como RCN e Caracol", afirmou Marco Ruiz, secretário-geral do sindicato nacional de trabalhadores da imprensa.

Um grupo de jornalistas protestou contra a decisão da Comissão Nacional de Comunicações (Conatel) de tirar do ar as emissoras de Caracas 92.9 FM e Mágica 91.1 FM, que tinham quase 30 anos de funcionamento.

Segundo Ruiz, o governo de Nicolás Maduro promove uma política sistemática de cerceamento e asfixia dos espaços para o exercício da livre expressão, da crítica e da dissidência. Para o sindicato, a medida é arbitrária. "Trata-se de uma escalada na tentativa de controlar as opiniões", disse a secretária-geral do Colégio Nacional de Jornalistas, Delvalle Canelón.

Na quarta-feira (24), por decisão da Conatel, os canais colombianos Caracol e RCN foram excluídos da grade de programação das operadoras venezuelanas de TV a cabo. Em fevereiro, havia sido cortado o sinal da CNN em Espanhol, TV acusada por Maduro de fazer propaganda de guerra, e, em abril, o canal colombiano El Tiempo e o argentino Todo Notícias.


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