Folha de S. Paulo


Juiz dá um dia para que pais e médicos de Charlie Gard planejem sua morte

Family of Charlie Gard/Associated Press
This is an undated hand out photo of Charlie Gard provided by his family, at Great Ormond Street Hospital, in London. The parents of a terminally-ill baby boy lost the final stage of their legal battle on Tuesday, June27, 2017 to take him out of a British hospital to receive treatment in the U.S., after a European court agreed with previous rulings that the baby should be taken off life support. (Family of Charlie Gard via AP) ORG XMIT: LON821
O bebê Charlie Gard, que possui uma doença terminal, no Hospital Infantil Ormond Street, em Londres

Um juiz britânico deu um ultimato nesta quarta-feira (26) para que os pais de Charlie Gard, bebê de 11 meses portador de uma doença terminal, e o hospital em que ele é tratado cheguem a um acordo sobre a morte da criança.

Caso não haja acordo até o meio-dia (8 h em Brasília) de quinta (27), o bebê deverá ser transferido para uma clínica de cuidados paliativos, onde as máquinas que o mantêm vivo serão desligadas.

Nas últimas semanas, Connie Yates e Chris Gard travaram uma batalha judicial para tentar transferir seu filho Charlie para receber tratamento nos Estados Unidos, mas a Justiça britânica seguiu os médicos do Hospital Infantil Ormond Street, em Londres, e não autorizou a transferência por entender que ela apenas aumentaria o sofrimento da criança.

Após a derrota nas cortes, os pais do bebê lutaram para que ele pudesse morrer em casa, mas a equipe médica novamente se opôs, preferindo que ele morresse no hospital. A decisão judicial desta quarta-feira impõe um limite para que o impasse seja resolvido.

Para o juiz Nicholas Francis, da Suprema Corte, "é do interesse de Charlie ser transferido para uma clínica de cuidados paliativos" caso não haja acordo sobre sua morte. A decisão frustrou os pais do bebê.

Charlie Gard sofre de um distúrbio genético que o impede de mover braços e pernas, além de respirar sem aparelhos.


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