Folha de S. Paulo


Irã diz que responsáveis por ataques eram iranianos do Estado Islâmico

O Irã afirmou nesta quinta-feira (8) que os responsáveis pelo ataque ao Parlamento e ao mausoléu do aiatolá Khomeini em Teerã eram iranianos membros da facção terrorista Estado Islâmico.

Segundo o Ministério de Inteligência do Irã, cinco dos terroristas que foram mortos no atentado foram identificados como iranianos que deixaram o país para lutar nas fileiras da milícia em Raqqa (Síria) e Mossul (Iraque).

"Eles retornaram ao Irã no ano passado para realizar ataques terroristas às cidades-sagradas do Irã", disse o ministério, que também atualizou para 17 o número de mortos nos ataques desta quarta-feira (7).

As duas ações foram as primeiras em solo iraniano reivindicadas pelo Estado Islâmico, milícia terrorista que segue o ramo sunita do islã. O Irã é majoritariamente xiita e visto como inimigo pelos extremistas. Teerã também apoia grupos armados que combatem o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

A Guarda Revolucionária, elite do Exército iraniano, disse logo após o ataque que a Arábia Saudita —também sunita e rival do Irã— estaria envolvida, e citou a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Riad. O governo saudita negou envolvimento.

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"Esta ação terrorista ocorrida após o encontro do presidente dos Estados Unidos com o chefe de um dos governos reacionários da região, que sempre apoiou os terroristas, é repleta de significado e a reivindicação pelo Daesh [acrônimo em árabe para o Estado Islâmico] mostra que estão envolvidos", diz em nota.

TIROS E BOMBAS

O Parlamento estava em sessão no momento em que atiradores invadiram o local e fizeram reféns. Um dos invasores se explodiu. O edifício em Teerã foi cercado por policiais e houve troca de tiros, que durou mais de três horas e terminou com alguns mortos e dezenas de feridos, além de quatro terroristas mortos no local.

Pouco após o início do ataque no Parlamento, um homem-bomba se explodiu e outro suspeito foi morto a tiros próximo ao mausoléu de Khomeini, alguns quilômetros ao sul de Teerã. Segundo alguns relatos, o ataque deixou um segurança morto e quatro pessoas feridas.


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