Folha de S. Paulo


Após derrota, Le Pen sugere reforma da direita ultranacionalista

Marine Le Pen, derrotada no domingo (7), discursou a simpatizantes de sua Frente Nacional e pediu que aproveitem a "oportunidade histórica". Ela afirmou que os votos recebidos transformaram o partido "na maior força de oposição" do país.

A candidata da direita ultranacionalista, contra a qual os principais partidos se uniram, sugeriu que a sigla seja reformada para melhor se adequar ao novo momento.

Ela teve neste ano um resultado melhor do que o de seu pai e fundador do partido nas eleições de 2002, Jean-Marie Le Pen, que recebeu 17,8% –mas ainda não conseguiu convencer eleitores fora das regiões periféricas e rurais, sua atual base.

"Proponho começarmos essa profunda transformação em nosso movimento para sermos uma nova força política", disse pouco após a divulgação dos primeiros resultados. Ela telefonou a Macron para parabenizá-lo.

Le Pen descreveu estas eleições a seus militantes como um embate entre "patriotas" e "globalistas".

A candidata começou bem sua campanha de segundo turno, mas viu suas intenções de voto despencaram após um o debate de TV.

Apesar da derrota, seus aliados exaltaram o recorde histórico de votos para a Frente Nacional: 10,6 milhões. Os derrotados passaram a noite de festejando em um espaço de eventos de Paris. Le Pen dançou animadamente.

O presidente socialista, François Hollande, de cujo gabinete Macron fez parte, afirmou: "Sua vitória confirma que uma grande maioria de nossos cidadãos queria se unir em tornos dos valores da república e mostrar seu apego à União Europeia".


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