Folha de S. Paulo


Mulher de atirador de Orlando é acusada de ajudar o marido em ataque

A viúva do atirador que matou 49 pessoas em uma boate de Orlando, em junho do ano passado, sabia sobre o ataque e mentiu aos agentes do FBI que investigavam o caso, afirmaram promotores nesta terça-feira (17), um dia após Noor Salman ser presa na Califórnia.

Salman, 30, será acusada de ter sido cúmplice do marido e de ter obstruído as investigações. Se condenada pelos dois delitos, pode pegar prisão perpétua. "Ela sabia que o marido ia realizar o ataque", disse o promotor federal Roger Handberg.

Reprodução/MySpace
O americano Omar Mateen, 29, que entrou armado com um fuzil na boate gay Pulse e matou 49 pessoas em junho
O americano Omar Mateen, 29, que entrou armado com um fuzil em boate e matou 49 pessoas

Seu tio, Al Salman, afirmou que a sobrinha é inocente. "Ela é uma garota adorável. Não machucaria a uma mosca." Noor nasceu nos EUA e é filha de imigrantes da Cisjordânia.

Salman, que estava morando na região de San Francisco depois do ataque, voltará ao tribunal nesta quarta-feira (18) para ter um advogado de defesa apontado pela corte e para acompanhar as discussões sobre a transferência do julgamento para Orlando.

Seu marido, Omar Mateen, 29, americano de origem afegã, morava com a mulher e o filho de quatro anos em Fort Pierce, a 190 km de Orlando, e trabalhava como segurança.

No dia 12 de junho do ano passado, ele abriu fogo dentro da casa noturna Pulse, frequentada pelo público LGBT, munido de um fuzil de assalto e uma pistola. Além das 49 vítimas, mais de 50 pessoas ficaram feridas. Mateen acabou morto pela polícia.

Ele dedicou o ataque à facção terrorista Estado Islâmico, mas não houve comprovação do envolvimento da milícia no atentado.


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