Um atirador abriu fogo na tarde desta sexta-feira (6) dentro do aeroporto de Fort Lauderdale, no Estado americano da Flórida, matando cinco pessoas e ferindo outras oito. O suspeito se rendeu e foi preso pela polícia sem ferimentos.
O homem foi identificado como o ex-militar Esteban Santiago, 26. Veterano de guerra no Iraque, foi colocado na reserva pelo Exército em 2016 por desempenho insatisfatório e meses depois foi submetido a tratamento psicológico.
O suspeito veio em um voo da Delta Airlines saído de Minneapolis, onde fez uma conexão vindo de Anchorage, no Alasca. Ao chegar à sala de restituição de bagagens do Terminal 2, recuperou suas armas e abriu fogo contra os demais passageiros.
À imprensa americana, testemunhas afirmaram que o atirador vestia uma camiseta da série Star Wars e disparou de forma indiscriminada e chegou a atacar pessoas que se escondiam atrás de malas.
"Uma pessoa que estava do meu lado caiu e depois comecei a escutar mais disparos. Quando isso aconteceu mais pessoas caíram no chão e eu só me agachei", disse John Schilcher, que vinha de Ohio.
"As pessoas começaram a gritar e a tentar sair por qualquer porta e a se esconder sob as cadeiras", relatou a testemunha Mark Lea à rede de televisão MSNBC.
Após ficar sem munição, o suspeito largou a arma e se rendeu, ficando no chão com pernas e braços estendidos até ser preso. Segundo o xerife do condado de Broward, Scott Israel, os agentes não tiveram que disparar na ação.
Vídeos gravados com celulares e publicados nas redes sociais mostram várias pessoas aparentemente feridas e ensanguentadas na área de retirada de bagagens.
O pânico também tomou o saguão do aeroporto. "Só vi uma multidão correndo contra nós. Foi uma loucura", declarou Jason Pérez, funcionário de uma companhia aérea que estava no terminal 1.
ESPERA NA PISTA
Após o ataque do atirador, passageiros e funcionários que estavam no terminal foram retirados e levados a região da pista do aeroporto. Imagens aéreas mostraram centenas de pessoas correndo e se agachando.
Houve relatos de novos tiros disparados no aeroporto, mas a informação foi desmentida horas depois. As entradas do terminal foram bloqueadas pela polícia até a situação ser controlada.
Enquanto isso, os passageiros que embarcaram ou pousaram minutos antes do ataque permaneceram nas aeronaves. Dezenas de voos foram desviados.
As identidades das vítimas e o estado de saúde dos feridos não foram divulgados até o momento, assim como que tipo de arma o suspeito teria usado.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi informado sobre o ataque por seus assessores, mas não havia se pronunciado até o fim da noite. O presidente eleito, Donald Trump, comentou sobre a ação no Twitter.
"Estou monitorando a situação terrível na Flórida. Acabei de conversar com o governador [Rick] Scott. Pensamentos e orações para todos. Fiquem seguros!", afirmou o republicano.
O aeroporto internacional del de Fort Lauderdale é o segundo maior do sul da Flórida, atrás de Miami. Entre 80 mil e 100 mil pessoas circulam pelo local diariamente.
Desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, a segurança da aviação civil é mais intensa nos aviões e áreas de embarque nos Estados Unidos.
Ataques recentes em aeroportos ao redor do mundo, como os que aconteceram em Bruxelas e em Istambul no ano passado, ocorreram em áreas de fácil acesso ao público, como saguões.