O exército turco afirmou neste sábado (5) ter atingido 71 alvos do Estado Islâmico nas últimas 24 horas, intensificando os ataques ao grupo extremista, que reivindicou a autoria de um atentado no sul do país na sexta (4).
Cinco integrantes do EI teriam sido mortos no conflito, assim como cinco rebeldes e um soldado turco, diz um comunicado dos militares. Ainda de acordo com o documento, a coalizão de países que atua na região também promoveu cinco ataques aéreos, que mataram outros oito membros da facção.
A Turquia está apoiando um grupos de sírios e turcomenos no norte da Síria por meio de sua operação Escudo Eufrates, que tirou o Estado Islâmico da sua fronteira ao sul.
ATENTADO
Os radicais sunitas assumiram a responsabilidade por um atentado com carro-bomba em Diyarbakir, sul da Turquia, que matou nove pessoas e feriu mais de cem.
Logo após a explosão, o gabinete do governo de Diyarbakir havia dito que o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão, considerado uma organização terrorista pelas autoridades curdas) reivindicou a autoria do ataque.
Na madrugada anterior ao atentado, a polícia turca prendeu 12 parlamentares da sigla pró-curda HDP (Partido Democrático dos Povos) que haviam se recusado a depôr sobre acusações de associação com o terrorismo. Dentre os legisladores detidos estão os colíderes do partido, Selahattin Demirtas e Figen Yusekdag.
MAIS PRISÕES
Neste sábado, um tribunal de Istambul ordenou a detenção provisória de nove integrantes do jornal opositor Cumhuriyet até que sejam julgados, anunciou neste sábado a agência de notícias turca Dogan.
Entre as nove pessoas figura o diretor Murat Sabuncu, o editorialista Kadri Gursel e o cartunista Musa Kart.
Os nove integrantes do jornal, detidos no início da semana, foram acusados de vínculos com os rebeldes curdos e com o golpe de Estado frustrado de 15 de julho.