Folha de S. Paulo


EUA matam importante líder do Estado Islâmico no Afeganistão

O Pentágono confirmou a morte de um importante líder da facção terrorista Estado Islâmico (EI) no Afeganistão, em um ataque com drone no último dia 27.

Segundo o vice-porta-voz da Defesa americana, Gordon Trowbridge, Hafiz Saeed Khan, que era o chefe do "Estado Islâmico no Khorasan" –braço do EI que se estende por territórios do Afeganistão e do Iraque–, morreu na província de Nangarhar, no sul afegão.

O Departamento de Estado havia colocado Khan na lista de terroristas globais. No braço do EI que comandava, tinha como companheiros ex-membros dos talebans afegão e paquistanês.

Rodi Said/Reuters
Em comemoração, homem corta a barba de civil libertado após derrota do Estado Islâmico em Manbij, na Síria
Em comemoração, homem corta a barba de civil libertado após derrota do EI em Manbij, na Síria

O crescimento do EI no Afeganistão tem preocupado líderes afegãos e americanos. A militância está concentrada na região leste do país e foi alvo de uma ofensiva militar afegã, apoiada por forças especiais dos EUA, no último mês.

Para o Pentágono, a morte de Khan afetará o poder do EI de recrutar e operar na região.

SÍRIA

Na Síria, o EI libertou centenas de civis que usava como escudos humanos, durante a retirada de seu reduto estratégico de Manbij, no norte do país.

Ao serem libertados, homens celebravam cortando a barba, e mulheres, retirando e queimando os trajes conhecidos como niqab –véu que deixa apenas os olhos à mostra. Nos territórios controlados pelo EI, a facção impõe duras regras de comportamento para homens e mulheres.

Esta é a derrota mais importante da facção para as Forças Democráticas Sírias (FDS), uma coalizão de combatentes árabes e curdos apoiados pelos Estados Unidos.

Além da importância estratégica para o abastecimento dos extremistas, o governo dos Estados Unidos classificou Manbij de base logística para a saída dos combatentes do EI em direção à Europa, onde o grupo reivindicou vários atentados.

Expulsos de Manbij, que controlavam desde 2014, após uma batalha de mais de dois meses, os extremistas haviam sequestrado quase 2.000 civis como escudos, entre eles crianças.

"Entre os civis levados pelo EI estão moradores que foram utilizados como escudos, mas também muitos que decidiram sair voluntariamente da cidade por medo de represálias" das FDS, explicou Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres.

Também no sábado, bombardeios sírios e russos e ataques rebeldes na região de Aleppo custaram a vida de 51 civis, segundo Rahman.

Um bombardeio da Força Aérea síria teria deixado 15 mortos em uma área controlada pelos rebeldes no leste de Aleppo.

Nas proximidades da cidade, 27 pessoas, incluindo uma criança, morreram em uma operação aérea conjunta das forças sírias e russas contra três cidades e um povoado. Outras nove pessoas morreram em ataques dos rebeldes contra a região controlada por Damasco.


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