O primeiro-ministro britânico, David Cameron, advertiu os eleitores neste domingo (22) que as contas de supermercado ficarão mais caras se o país decidir deixar a União Europeia, citando uma queda potencial no valor da libra esterlina.
A saída ou permanência no bloco será votada por meio de um referendo em 23 de junho.
Neil Hall/Reuters | ||
Premiê britânico, David Cameron, deixa o número 10 da 10 Downing Street, em Londres |
Cameron está liderando a campanha para manter o Reino Unido como membro da União Europeia, para o referendo de junho, cujo resultado terá consequências de longo alcance para a economia do país, para o seu papel no comércio mundial e seu status diplomático global.
"Estudos independentes mostram que a escolha pela saída atingiria o valor da libra, tornando as importações mais caras e elevando os preços no comércio", disse Cameron, em comunicado.
Seus comentários marcam uma mudança de tática da campanha pela permanência na UE: um impulso para tornar explícita a ligação entre os riscos macroeconômicos que têm dominado até o agora o debate sobre a saída (conhecida como "Brexit"), e seu potencial impacto na vida cotidiana dos britânicos.
"Isto não é sobre macroeconomia, isto é sobre a segurança econômica das famílias trabalhadoras do Reino Unido", disse.
O alerta vem de uma análise do governo sobre o impacto de curto prazo que a saída britânica teria sobre os eleitores. O estudo considerou uma queda de 12% no valor da libra esterlina, um valor baseado em avaliações de impacto externo, e previu o efeito sobre os preços depois de dois anos.
A análise aponta que os gastos semanais com comida e bebida de uma família média subiriam quase 3%, ou 120 libras (US$ 174,06) por ano, e que os custos de vestuário e calçados aumentariam em 5%, ou 100 libras por ano.
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