No momento mais esperado de sua passagem pelo México, o papa Francisco se despediu do país nesta quarta-feira (17) com uma visita a Ciudad Juárez, na fronteira com os Estados Unidos.
A mensagem do pontífice, um apelo à compaixão pelos mexicanos que cruzam a fronteira, provocou críticas do empresário Donald Trump, líder da corrida republicana à Casa Branca.
Imigração ilegal é um assunto explosivo na campanha eleitoral dos EUA, e Trump tem sido um dos mais duros, com promessas como deportar todos os 11 milhões estrangeiros sem documentos, vetar a entrada de todos os muçulmanos e construir um muro na fronteira com o México.
A mesma fronteira foi escolhida pelo Vaticano para o momento culminante da visita de seis dias ao México.
O programa em Ciudad Juárez incluiu uma oração às 6 mil pessoas que morreram tentando entrar nos EUA e a primeira "missa binacional".
"Ele não entende o perigo de uma fronteira aberta com o México", criticou Trump. "Acho que o México o está usando para manter a fronteira como está."
Frederico Lombardi, porta-voz do Vaticano, rebateu as acusações: "É muito estranho sugerir que o papa é um instrumento do governo mexicano."