Folha de S. Paulo


Indonésia identifica responsáveis por atentado em Jacarta

A polícia da Indonésia anunciou nesta sexta-feira (15) que acredita ter identificado os extremistas que realizaram o atentado em Jacarta na quinta (14), financiado da Síria pela milícia radical Estado Islâmico (EI).

A ação deixou um canadense e um indonésio mortos, além de ao menos 20 feridos.

De acordo porta-voz da polícia, Anton Charliyan, dois dos cinco radicais que realizaram o ataque haviam sido condenados no país anteriormente. Ele também disse que na casa de um dos terroristas foi encontrada uma bandeira do EI.

Todos os extremistas morreram no local do ataque, após horas de enfrentamento com as forças de segurança. Três deles foram mortos pela polícia e dois se explodiram.

Um dos militantes foi identificado pelo chefe da polícia, general Badrodin Haiti, como Afif Sunakim, que passou sete anos na prisão por participar de um acampamento de extremistas na província de Aceh.

Haiti também disse que o grupo que realizou o atentado em Jacarta foi financiado pelo EI, por meio de Bahrun Naim, um indonésio que foi preso por porte ilegal de armas em 2011 e passou um ano na cadeia antes de viajar à Síria para se juntar à facção terrorista.

Mais cedo nesta sexta-feira, foram detidos e interrogados três suspeitos de relação com o ataque. A polícia disse ao canal Metro TV que as prisões ocorreram em Depok, na região metropolitana de Jacarta.

Veja vídeo

PÓS-ATAQUE

Um dia depois do primeiro ataque reivindicado pelo EI na Indonésia, o presidente Joko Widodo visitou o local do atentado.

"A coisa mais importante, graças a Deus, é que ontem, a situação foi controlada em pouquíssimo tempo -três ou quatro horas", declarou Widodo.

A polícia instalou grandes placas em torno do posto policial e do café da rede Starbucks que foram atacados pelos extremistas com armas e explosivos. Perto dali, há escritórios da ONU, embaixadas e hotéis.

Segundo a polícia, os responsáveis pelo ataque em Jacarta "imitaram as ações terroristas em Paris", que deixaram 130 mortos em novembro, organizadas pelo EI.

As forças de segurança da Indonésia estão em alerta máximo há alguns meses, desde que foram ameaçadas pelo EI de possíveis ataques no país.

A Indonésia tem a maior população muçulmana do mundo, 88% de seus 250 milhões de habitantes, e já foi alvo de vários ataques de extremistas islâmicos. O maior deles foi em 2002, na ilha turística de Bali, quando 202 pessoas morreram, em sua maioria turistas australianos.

Ataque em Jacarta


Endereço da página:

Links no texto: