Folha de S. Paulo


Eleitores desafiam rebeldes e vão às urnas na República Centro-Africana

Marco Longari/AFP
Soldados da República Centro-Africana revistam homens na entrada de centro de votação
Soldados da República Centro-Africana revistam homens na entrada de centro de votação

Eleitores na República Centro-Africana vão às urnas neste domingo (13) em um referendo visto como crucial para o fim dos três anos de violência no país.

O referendo, que é um ensaio para a eleição programada para o próximo dia 27 e que já foi adiada algumas vezes, que deve escolher um novo presidente e parlamento, restaurando a democracia.

Neste domingo, a decisão é sobre a aprovação de uma nova constituição, que prevê a criação de um Senado e de força de segurança para assegurar a liberdade religiosa.

A ex-colônia francesa está em conflito desde 2013, quando a milícia muçulmana Seleka tomou o controle da nação, de maioria cristã.

Os abusos incitaram represálias de milícia cristã, chamada de anti-Balaka, endurecendo o conflito religioso que divide o país. Milhares de pessoas já morreram.

Rebeldes tentam, porém, atrapalhar a votação e cancelar o processo. Tiros, explosões de granadas e ameaças foram registrados durante o dia de votação e impediram muitos eleitores de votar.

Deve participar do referendo um total de dois milhões de cidadãos registrados. Eles votarão em mais de 5.500 locais.


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