Folha de S. Paulo


Maduro diz que seguirá lutando 'até o infinito e além' após derrota

Marco Bello - 30.nov.2015/Reuters
Venezuela's President Nicolas Maduro (R) forms a heart shape with his hands during a campaign rally with pro-government candidates for the upcoming parliamentary elections in Caracas, November 30, 2015. Venezuela will hold parliamentary elections on December 6. REUTERS/Marco Bello FOR EDITORIAL USE ONLY. NO RESALES. NO ARCHIVE. ORG XMIT: MAB103
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante comício em Caracas em novembro deste ano

Após a derrota eleitoral da semana passada, o presidente Nicolas Maduro disse neste sábado (12), em discurso a militares, que seguirá lutando pelo país "até o infinito e além".

Ele ainda advertiu para uma "crise de grande escala" na Venezuela com o confronto entre o governo chavista e a Assembleia Geral, cuja maioria estará nas mãos da oposição a partir de 5 de janeiro.

A coalizão Unidade Democrática conquistou dois terços dos assentos na votação do último domingo (6).

"Estamos enfrentando uma crise em grande escala que vai gerar uma luta de poder entre dois polos: os patriotas e os antipatriotas", disse Maduro.

A oposição anunciou que uma de suas prioridades será propor uma lei de anistia para os ativistas presos, mas Maduro insiste que vai se recusar a assinar.

Numa tentativa de minimizar o poder de manobra da oposição, os deputados que estão prestes a deixar o poder aprovaram créditos orçamentários extras e promoveram o juiz que prendeu o líder da oposição Leopoldo López.

O governo também está tentando novas nomeações para o Supremo Tribunal, onde potenciais controvérsias constitucionais entre o Legislativo e o Executivo poderiam ser decididas.

Os resultados da eleição do último fim de semana foram vistos como um protesto contra a recessão brutal, maior inflação e escassez de todo o tipo de produtos, de leite a medicamentos.


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