Folha de S. Paulo


Polícia de Londres deixa de monitorar Assange em embaixada

A Polícia Metropolitana de Londres (Scotland Yard) anunciou nesta segunda-feira (12) que suspendeu a operação de 24 horas de monitoramento da embaixada do Equador, onde o fundador do Wikileaks, o australiano Julian Assange, está asilado desde junho de 2012.

Desde aquele período, policiais se revezavam em frente ao local, numa das zonas mais nobres de Londres, para evitar a fuga de Assange e prendê-lo. As autoridades britânicas vinham recebendo críticas por terem gasto até hoje pelo menos 12 milhões de libras (R$ 70 milhões) com essa operação policial.

Assange pediu asilo ao Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, onde vivia e é acusado de ter cometido crimes sexuais em 2010. Ele se diz inocente e teme ser enviado aos EUA para ser julgado devido ao WikiLeaks.

Em nota, a Scotland Yard diz que não é necessária mais uma presença "permanente" em frente ao local, mas destacou que, apesar de suspender essa vigilância em frente à embaixada, todos esforços, com suporte de serviços de inteligência, serão feitos para prendê-lo se ele tentar deixar o local.

A procuradoria da Suécia anunciou em agosto que três investigações contra Assange foram extintas por terem prescrito.

Resta ainda, no entanto, uma investigação sobre suspeita de estupro, cujo prazo de investigação na Suécia expira somente em 2020. Ou seja, o encerramento dos outros três casos não significa que o fundador do Wikileaks deixará tão cedo a embaixada do Equador em Londres.

Em fevereiro deste ano, ele recebeu a reportagem da Folha na embaixada para uma entrevista (leia aqui).


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