Folha de S. Paulo


Trump volta atrás e assina termo para não se candidatar por outro partido

O magnata Donald Trump, pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos, assinou nesta quinta-feira (3) o termo em que se compromete a respeitar a decisão do Partido Republicano sobre seu postulante à Casa Branca.

Com a decisão, o empresário volta atrás nas declarações de que poderia concorrer como independente se não for escolhido. As ameaças foram feitas diante da crítica de seus correligionários por seu estilo polêmico.

O compromisso foi anunciado pelo próprio Trump no saguão da torre de seu conglomerado, em Nova York. Antes, ele havia se reunido com o chefe do Comitê Nacional Republicano, Reince Priebus.

"Para os republicanos, a melhor maneira de vencer é se eu for escolhido e for contra qualquer pessoa que se levante contra mim. Deste modo, darei minha lealdade total ao partido e aos princípios conservadores nos quais se baseia."

O magnata disse que continuará a fazer sua campanha e "lutará duramente" para conseguir a vaga. Se, por um lado, a assinatura do termo traz calma aos demais republicanos, por outro pode afastar seguidores mais radicais de Trump.

O principal motivo para a perda de apoio é que o compromisso com o partido pode prejudicar a imagem de Trump de um candidato contrário aos princípios de políticos de carreira.

Uma de suas apoiadoras e porta-voz do fundo do movimento ultraconservador Tea Party, Katrina Pierson, disse que não assinaria o termo. "O Partido Republicano não foi leal a seus membros em eleições anteriores."

Trump, no entanto, disse que assinou o termo porque os republicanos foram "extremamente justos" com ele. "Isto era o que eu queria. Não quero ser tratado de forma diferente."

LÍDER

Com sua liderança nas pesquisas, Trump está forçando os demais concorrentes a ter que apoiá-lo caso seja ele o eleito para disputar a Casa Branca. Pela média do site RealClearPolitics, o magnata tem 27,2% das intenções de voto.

Os resultados dificultam as críticas de republicanos antes cotados como favoritos, como o ex-governador da Flórida Jeb Bush, o ex-governador de Wisconsin Scott Walker e os senadores Ted Cruz e Marco Rubio.

Na manhã de quinta, Jeb Bush criticou Trump pela forma como ele vem conduzindo sua campanha, mas disse que o apoiaria caso fosse a escolha do partido. "Nós precisamos estar unificados. Nós precisamos vencer."

Editoria de Arte/Editoria de Arte

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