Folha de S. Paulo


Extremistas de esquerda e curdos da Turquia lançam nova série de ataques

O governo da Turquia sofreu nesta quarta-feira (19) dois ataques realizados por extremistas adversários do presidente Recep Tayyip Erdogan. Na mais grave delas, oito soldados foram mortos no sul do país.

As ações foram atribuídas ao grupo de extrema-esquerda Frente Revolucionária de Libertação do Povo e ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Os dois foram responsáveis por outra série de atentados uma semana atrás.

No primeiro ataque desta quarta, dois homens dispararam contra soldados e explodiram uma bomba no palácio de Dolmabahçe, que abriga o gabinete do premiê em Istambul. Ninguém foi morto ou ficou ferido.

Os dois autores foram presos enquanto tentavam entrar no consulado alemão na cidade, a poucas quadras do palácio. Segundo a governo regional de Istambul, eles pertencem ao grupo de extrema-esquerda.

Minutos depois, oito soldados turcos morreram em um ataque com explosivos contra seu carro na província de Siirt, no sudoeste do país. A agência de notícias estatal Dogan informa que a explosão foi provocada pelo PKK.

Caso confirmada a autoria, este será o pior ataque dos extremistas curdos ao governo desde que a Turquia colocou em prática uma guerra contra o grupo em 24 de julho, em paralelo aos combates contra o Estado Islâmico.

SÉRIE

Os novos atentados acontecem uma semana após outra série de ataques promovidos pela Frente Revolucionária de Libertação do Povo e pelo PKK no sul do país.

No caso da maior cidade turca, os extremistas de esquerda efetuaram disparos em frente ao consulado dos EUA, que fica no lado europeu. Ninguém ficou ferido e as duas autoras foram presas.

Já os curdos usaram uma explosão para atacar uma delegacia de Sultanbeyli, do lado asiático, ferindo três policiais e sete civis. Um prédio de três andares foi parcialmente destruído com a ação.

O tiroteio que se seguiu deixou um policial e dois atiradores mortos. O PKK ainda matou um militar depois de disparar contra um helicóptero militar e quatro policiais quando o carro em que estavam foi atingido por uma bomba.


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