Folha de S. Paulo


Milícia somali promete deixar cidades do Quênia 'vermelhas de sangue'

A milícia islâmica Al Shabaab, que deixou 148 mortos em uma universidade no Quênia, prometeu mais ataques no país do leste africano.

Em comunicado divulgado neste sábado (4), a organização radical, que é baseada na vizinha Somália e afiliada à Al Qaeda, exige que o governo queniano retire suas tropas que lutam contra rebeldes em território somali.

"Nenhuma precaução ou medida de segurança poderá garantir a sua segurança, impedir outro ataque ou prevenir outro banho de sangue", diz o texto. "As cidades quenianas ficarão vermelhas de sangue. Essa será uma guerra longa e horrível, na qual vocês, o povo queniano, são as primeiras vítimas."

A polícia do Quênia afirmou ter prendido cinco homens suspeitos de ligação com os ataques de quinta-feira (2) contra a Universidade de Garissa.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, disse que não permitirá a criação de um califado em seu país. "Faremos tudo para defender nosso modo de vida", disse o líder em pronunciamento na TV.

Kenyatta pediu maior apoio dos países islâmicos para conter os extremistas e disse que essa tarefa é complexa pois "os planejadores e financiadores dessa brutalidade estão profundamente inseridos em nossas comunidades."

SOBREVIVENTE

Uma sobrevivente do massacre na universidade foi encontrada neste sábado, dois dias após o ataque. Cynthia Cheroitich, 19, disse à Associated Press que se escondeu em um armário e se camuflou atrás de roupas.

No ataque, a Al Shabaab enganou estudantes para que saíssem de esconderijos e se concentrou em alvos cristãos.


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