Um avião da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos caiu na Síria e extremistas da facção Estado Islâmico capturaram o piloto jordaniano como refém, segundo o Exército da Jordânia.
Apoiadores do EI publicaram fotos de um piloto da Jordânia cercado de homens armados, e o Exército confirmou a captura em um comunicado.
O avião caiu próximo a Raqqa, uma das principais cidades controladas pelos jihadistas.
Diversas horas após o incidente, os Estados Unidos divulgaram comunicado informando que a queda do avião não foi causada pelos terroristas. Embora a causa não esteja determinada, os militares investigam a hipótese de falha técnica.
"Os elementos de prova indicam claramente que o EI não derrubou o aparato, contrariamente ao que sustenta a organização terrorista", diz comunicado do Centcom, comando dos EUA encarregado da região.
O comunicado, assinado pelo general Lloyd Austin, chefe da Centcom, confirma e condena a captura do piloto.
"Vamos apoiar todos os esforços para garantir sua recuperação segura, e não toleraremos tentativas do EI de deformar ou explorar este triste acidente para fins de propaganda", diz o texto.
Welayat Raqa/AFP | ||
Homens do Estado Islâmico cercam piloto jordaniano capturado próximo a Raqqa, na Síria |
Dois parentes do piloto disseram que a Força Aérea da Jordânia lhes comunicou sobre a derrubada do avião e o sequestro do militar.
A Jordânia é parte da coalizão liderada pelos EUA que bombardeia o EI na Síria.
Os ataques na Síria, conduzidos pelos EUA, Jordânia, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Bahrein, começaram em setembro e já mataram mais de mil jihadistas.
O regime sírio de Bashar al-Assad também combate os extremistas em Raqqa –província quase totalmente dominada pelo Estado Islâmico.
A Síria vive uma guerra civil desde 2011, quando começaram protestos pelo fim da ditadura de Assad. Além de grupos de rebeldes moderados –apoiados pelos países ocidentais e que lutam contra Assad–, facções extremistas cresceram em meio à desordem no país.
No Iraque, uma coalizão formada por Austrália, Bélgica, Reino Unido, Canadá, Dinamarca, França, Holanda e Estados Unidos também combate o EI com ataques aéreos.