Folha de S. Paulo


EUA rejeitam pedido norte-coreano de investigação conjunta sobre caso Sony

A enviada dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU) classificou nesta segunda-feira (22) como absurdas as exigências da Coreia do Norte por uma investigação conjunta dos dois países sobre o caso de ciberataque à Sony Pictures.

O governo norte-coreano chegou a ameaçar um "duro contra-ataque" contra "Casa Branca, Pentágono e todo o território continental dos EUA".

Na sexta (19), o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que a Coreia do Norte sofreria um ataque "proporcional", após o FBI identificar o país asiático como responsável pelos ciberataques contra o estúdio de cinema Sony.

"É exatamente o tipo de comportamento que esperamos de um regime que ameaçou tomar 'contramedidas impiedosas' contra os EUA sobre uma comédia de Hollywood", disse a embaixadora Samantha Power.

A Coreia do Norte propôs no sábado (20) uma investigação conjunta com os EUA sobre o ciberataque contra a Sony, dizendo que a acusação da polícia federal norte-americana (FBI) de que o país estaria por trás da ação era uma calúnia.

Um porta-voz do Ministério do Exterior norte-coreano afirmou que haveria "consequências graves" se Washington não concordasse com a investigação conjunta e continuasse a acusar o país, segundo a agência de notícias oficial KCNA.

O ciberataque ao estúdio Sony Pictures fez com que a empresa cancelasse o lançamento do filme "A Entrevista", uma comédia que mostra o assassinato do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

"Compete ao Conselho de Segurança considerar a recomendação da comissão de inquérito (da ONU) de que a situação na Coreia do Norte seja submetida ao Tribunal Penal Internacional e considerar outras medidas adequadas sobre responsabilização", completou Power em um discurso para o Conselho de Segurança da ONU.


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