Folha de S. Paulo


OMS declara o fim da epidemia de ebola na Nigéria

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta segunda-feira (20) que a Nigéria está livre da epidemia de ebola, depois de 42 dias (dois ciclos de incubação do vírus) sem nenhum novo caso registrado no país.

Ahmed Jallanzo/Efe
Crianças lavam as mãos em Abuja, capital da Nigéria, em ação de conscientização contra ebola
Crianças lavam as mãos em Abuja, capital da Nigéria, em ação de conscientização contra ebola

"A epidemia na Nigéria foi derrotada. É um êxito espetacular que mostra ao mundo que o ebola pode ser contido", disse o representante da OMS em Abuja, Rui Gama Vaz.

A chegada do ebola à Nigéria, o país de maior população da África e com um sistema de saúde precário, disparou os temores de uma rápida propagação do vírus.

Mas a epidemia foi contida com um balanço de 20 casos, incluindo oito mortes, graças a uma resposta rápida e eficaz das autoridades.

Senegal, que registrou um caso de um homem vindo da Guiné, também foi declarada livre da epidemia pela OMS na sexta-feira (17).

Os dois países são observados pelos especialistas que tentam conter a propagação da doença, que provocou 4.555 mortes em sete países, a maioria na África ocidental.

Os países mais atingidos são Libéria, Serra Leoa e Guiné.

Além de vigiar 900 casos considerados de risco, a Nigéria adotou controles nos aeroportos e portos do país.

As viagens ao exterior não foram proibidas, mas a principal companhia aérea do país, Arik Air, suspendeu os voos para Libéria e Serra Leoa.

Editoria de arte/Folhapress

EUA

Também nesta segunda, as autoridades sanitárias de Dallas (Texas) anunciaram que 44 pessoas passaram pelo período de 21 dias de incubação do vírus sem desenvolver a doença e não correm mais nenhum risco.

Elas estavam sob monitoramento por terem tido contato com o liberiano Thomas Duncan, o primeiro paciente diagnosticado com ebola nos EUA, morto em 8 de outubro.

Entre esses casos estão a noiva de Duncan, Louise Troh, seu filho e dois sobrinhos que ficaram em quarentena ao longo deste período.

"Estamos muito felizes que isso está terminando e gratos por nenhum de nós ter apresentado sinal da doença", disse Troh. "Perdemos muito, mas temos nossas vidas e nossa fé em Deus."

Ainda estão sendo monitorados mais de 70 funcionários de saúde que atenderam Duncan no Hospital Presbiteriano do Texas ""onde duas enfermeiras se infectaram.

Clay Jenkins, juiz do condado de Dallas, pediu à população que trate com compaixão aqueles que estão saindo do isolamento.

No Estado de Ohio, três pessoas estão em quarentena e outras 142 sob monitoramento, depois que Amber Vinson, uma das enfermeiras diagnosticadas com o ebola, viajou para a cidade de Cleveland dias antes de apresentar sintomas da doença.

A família de Vinson rebateu, em comunicado, as acusações de que a enfermeira não seguiu as regras do CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças) ao voltar de Cleveland para Dallas um dia antes de ser internada em um avião comercial.


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