Uma segunda pessoa do Hospital Presbiteriano de Saúde do Texas, onde foi registrado o primeiro caso de contaminação por ebola no território dos Estados Unidos, também apresentou resultado positivo para a doença, anunciou o governo estadual nesta quarta-feira (15).
A enfermeira Amber Vinson, 29, foi identificada por parentes como a nova paciente contaminada.
Assim como no primeiro caso, a enfermeira participou no tratamento do paciente liberiano Thomas Eric Duncan, que morreu no mesmo centro no último dia 8, informou o Departamento de Serviços de Saúde do Estado do Texas.
Vinson apresentou quadro de febre na terça-feira (14) e foi isolada de maneira imediata no hospital.
A enfermeira contaminada viajou de Cleveland, Ohio, para Dallas, no Texas, em um voo da Frontier Airlines na segunda (13), um dia antes de reportar sintomas, segundo o CDC e a companhia aérea.
Os 132 passageiros do voo estão sendo contactados pelo CDC. Segundo os funcionários da Frontier Airlines, ela não apresentou sintomas durante o voo.
"Funcionários da área de saúde interrogaram o paciente para poder identificar rapidamente qualquer contato ou potenciais exposições, e essas pessoas serão monitoradas", afirma o departamento em um comunicado.
A primeira enfermeira contaminada nos EUA, Nina Pham, 26, estava em "boas condições" nesta terça (14), segundo o hospital.
Ao menos 4.447 pessoas morreram na pior epidemia de ebola já registrada, principalmente em Serra Leoa, Guiné e Libéria.
O vírus causa febre, sangramentos, vômito e diarreia. O contágio se dá através de contatos com líquidos corporais contaminados, como sangue e suor.
REFORÇO
Na terça, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA anunciou reforços no combate ao ebola no país após críticas sobre como as autoridades federais e locais lidaram com o caso de infecção em Dallas.
Segundo o diretor do CDC, Thomas Frieden, uma equipe do centro será enviada a qualquer hospital que registrar um paciente infectado pelo vírus.
"Vamos enviar rapidamente uma equipe com alguns dos maiores especialistas do mundo", afirmou Frieden, que reconheceu que a reação do governo no caso do liberiano Thomas Duncan ficou aquém do necessário.
"Como afirmamos anteriormente, de acordo com nossa investigação, não é inesperado que aconteçam exposições adicionais ao vírus", adverte o CDC em um comunicado.
Atualmente, 125 pessoas estão sendo monitoradas por possível contágio pelo vírus –48 que tiveram contato com o Thomas Duncan antes da internação, 76 funcionários de saúde que participaram do tratamento dele no hospital e mais uma pessoa que está sendo monitorada por contato com a enfermeira infectada.
Autoridades de Dallas estão se preparando para mais casos de ebola.
"Estamos nos preparando para mais eventualidades, e essa é uma possibilidade bastante real", disse o juiz Clay Jenkins em coletiva de imprensa.