Folha de S. Paulo


Estado Islâmico executa oficial do alto escalão de inteligência no Iraque

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou neste domingo (7) um tenente-coronel da inteligência iraquiana na cidade de Mossul, no norte do país, depois de mantê-lo sob custódia por dois meses.

Fontes detalharam que, após a execução, os jihadistas levaram o corpo de Abed a um médico legista, que depois o entregou a sua família.

Mohammed al Abed, 44, foi sequestrado em sua casa em Mossul no dia 5 de julho. O tenente-coronel foi fuzilado em aplicação de uma "sentença" emitida por um tribunal religioso estabelecido pelo EI.

Durante o sequestro, um grupo de jihadistas invadiu sua casa no bairro Al Arabi, no norte da cidade, e confiscou seu telefone celular e seu laptop, que continham documentos oficiais e de inteligência.

Abed chegou a deixar Mossul por dez dias, depois que a cidade foi ocupada pelo EI em junho, e se refugiou em Zajo, na região autônoma do Curdistão iraquiano, mas retornou para seu domicílio e acabou sendo sequestrado.

Uma fonte médica de Mossul informou que os jihadistas do EI executaram um número indeterminado de agentes das forças de segurança e também ex-candidatos eleitorais locais nos últimos dias.

A execução é uma das práticas mais frequentes do EI contra os membros das forças iraquianas e das milícias ligadas ao governo do país.

Além disso, executaram xeques xiitas, fiéis das minorias religiosas que rejeitam a conversão para o islã e os próprios sunitas —vertente do EI no islã— que não aceitam jurar lealdade ao grupo extremista.

No dia 10 de junho, o EI tomou o controle de Mossul e, a partir de então, continuou com seu avanço em direção a outras regiões no norte do país e instaurou um califado nos territórios da Síria e do Iraque sob seu domínio.


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