O pai de Michael Brown, adolescente negro que foi morto no último dia 9 por um policial branco em Ferguson, em Missouri, nos EUA, pediu calma enquanto sua família, políticos e ativistas se reuniam para o funeral do jovem nesta segunda-feira (25), após semanas de protestos na cidade.
Os protestos, por vezes violentos, ganharam as manchetes de todo o mundo e reacenderam a atenção sobre questões raciais nos Estados Unidos. A polícia local foi criticada pelas prisões em massa e pelo uso de táticas abusivas e equipamento militar.
"Tudo o que eu quero é paz quando colocarmos nosso filho para descansar", disse Michael Brown Sr., durante um protesto contra a violência policial no domingo (24), ao lado do líder militante de direitos civis reverendo Al Sharpton.
"Por favor, isso é tudo o que peço", disse ele a uma multidão de centenas de pessoas, incluindo os parentes de Trayvon Martin, adolescente da Flórida morto com um tiro na cabeça por um segurança em 2012.
"Não queremos nada amanhã que vá manchar o nome de Michael Brown", disse Sharpton, que também irá ao funeral.
A Casa Branca disse que enviaria três assessores presidenciais para o funeral em uma igreja batista de St. Louis, com expectativa de grande comparecimento público.
Na noite de domingo, poucas pessoas se reuniram no local dos recentes protestos, em número bem menor do que policiais.