Folha de S. Paulo


Após morte de primeiro infectado, Nigéria tem oito suspeitos de ebola

Lagos, na Nigéria, registrou oito casos suspeitos de ebola, todos em pessoas que entraram em contato com a primeira vítima, morta no mês passado, disse o comissário de saúde nesta terça-feira (5), acrescentando que existe um caso confirmado.

Autoridades têm monitorado todos que tiveram contato próximo com Patrick Sawyer, um cidadão da Libéria e dos Estados Unidos que morreu por causa do ebola em Lagos no mês passado, pouco depois de desembarcar no aeroporto da cidade. O segundo caso foi confirmado em um médico que o tratou.

O comissário de saúde Jide Idris também disse que outras seis pessoas que tiveram contato com Sawyer se encontram em quarentena, mas não manifestavam sintomas.

A missionária americana Nancy Writebol, infectada com o vírus ebola na África, chegou a Atlanta, nos EUA nesta terça.

O médico Kent Brantly, o outro americano contaminado com o vírus na Libéria –onde trabalhava com Writebol–, tinha chegado no sábado (2) aos Estados Unidos, no mesmo avião especial que transportou a missionária.

SEM VOOS

A British Airways suspendeu voos para Liberia e Serra Leoa até o fim do mês devido ao surto de ebola na região.

"A segurança de nossos clientes, tripulação e equipes de terra é sempre a nossa prioridade e vamos manter a rota sob constante revisão nas próximas semanas",

A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou nesta segunda-feira (4) que subiu para 887 o número de pessoas mortas pelo surto de ebola na África. Desde o início do ano, 1.603 pessoas contraíram o vírus que provoca a doença

Para ser transmitido, o vírus do ebola precisa de contato com fluidos corporais, como sangue, vômito, saliva, suor ou excrementos.

Apesar da falta de uma vacina, os tratamentos –hidratação, paracetamol contra a febre e antibióticos para possíveis infecções– podem ajudar a vencer o vírus, cuja taxa de mortalidade varia entre 25% e 90%.


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