Folha de S. Paulo


Atentados terroristas no Iraque matam 27 pessoas

Vinte e sete pessoas morreram nesta terça-feira no Iraque, 19 delas em um atentado suicida em frente a uma mesquita xiita no centro de Bagdá, onde os fiéis estavam reunidos para a oração do meio-dia, indicaram fontes médicas e das forças de segurança

Esses ataques elevam a mais de 4.000 o número de mortos apenas este ano no país, mergulhado na violência.

Ao menos 19 pessoas morreram e 34 ficaram feridas no atentado suicida contra a "husseiniyah" (local de culto xiita) de Abu al-Timan, no bairro de Chorja, no centro de Bagdá.

O ataque não foi reivindicado, mas insurgentes sunitas, principalmente de grupos ligados à Al-Qaeda, atacam regularmente os membros da comunidade xiita, maioria no país.

Em outras zonas da capital, a explosão de bombas na beira de estradas em dois distritos diferentes deixaram dois mortos nos bairros de Sadr City (norte) e Dura (sul).

E outros atentados a bombas e tiroteios fizeram seis mortos em Mossul, no norte do Iraque.

O Iraque é palco de ataques e atentados que matam em média 25 iraquianos por dia, em uma espiral de violência similar à de 2008, quando o país saía de um conflito sectário sangrento.

O país realizou no fim de abril suas primeiras eleições desde a retirada, em 2011, das tropas dos Estados Unidos, que haviam invadido o país em 2003. Apesar de um forte descontentamento com sua gestão, em particular entre a população sunita, o primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki, venceu estas eleições legislativas.

As autoridades apontam para fatores externos como as causas da violência crescente, como a guerra na Síria. Mas analistas afirmam que a situação tem sido alimentada pela raiva da minoria sunita, que se considera marginalizada pelas autoridades.


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