O papa Francisco voltou a pedir neste sábado uma solução negociada para o conflito na Síria, que "já causou muitos estragos", e insistiu em esforços neste sentido por parte de todas as religiões presentes na região.
"Acreditamos firmemente na força da oração e da reconciliação e voltamos a pedir urgentemente aos dirigentes que cesse a violência e que sejam encontradas soluções justas e duradouras através do diálogo para um conflito que já causou muitos estragos", afirmou o sumo pontífice.
"Exorto em particular a todos um futuro baseado nos direitos inalienáveis do ser humano, incluindo a liberdade religiosa", acrescentou Francisco, que não se resigna "a pensar em um Oriente Médio sem cristãos".
O papa argentino já falou em inúmeras ocasiões das vítimas da guerra na Síria, pedindo uma solução pacífica.
Na semana passada, Francisco e o presidente russo, Vladimir Putin, defenderam uma saída negociada para o conflito.
Os dois líderes, que conversaram a portas fechadas por 35 minutos na biblioteca privada do palácio apostólico, concordaram em "favorecer iniciativas concretas para uma solução pacífica do conflito" na Síria, que reconheça o papel "imprescindível" da sociedade civil.
O russo agradeceu ao Papa Francisco pela carta enviada por ocasião da reunião do G20, em São Petersburgo, na qual se declarou contrário a uma intervenção militar externa para encerrar o conflito.
Os chefes de Estado também abordaram "a vida da comunidade católica na Rússia e a contribuição fundamental do cristianismo para a sociedade".
Após o encontro, em um gesto simbólico para manifestar a comunhão entre as igrejas Católica e Ortodoxa, o presidente russo e o sumo pontífice beijaram, alternadamente, uma imagem da Nossa Senhora de Vladimir, uma reprodução de uma das três imagens mais conhecidas da Rússia, presente de Putin para o papa.
Em retribuição, Francisco deu ao presidente um mosaico representativo dos Jardins do Vaticano.