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Filipinas decreta estado de calamidade no país após tufão Haiyan

O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, decretou nesta segunda-feira estado de calamidade em todo o país por causa da devastação provocada pelo tufão Haiyan, que atingiu o sul e a região central do país na última sext0a (8).

Mais cedo, o Exército confirmou 942 mortes provocadas pelo fenômeno, embora o governo provincial de Leyte, ilha mais atingida, tenha cifrado em 10 mil o número de vítimas. Na região, os ventos chegaram a 378 km/h, cidades ainda estão isoladas e mais de 600 mil pessoas estão desabrigadas.

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A partir da declaração, o governo poderá impor um teto aos preços de artigos de primeira necessidade, como remédios, alimentos, água e derivados de petróleo, além da criação de fundos especiais para a recuperação de infraestrutura e dos serviços públicos.

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Isso contribuirá para a recuperação das cidades, dentre elas Tacloban, que teve até 80% das construções destruídas após a passagem do fenômeno. Milhares de moradores esperam ajuda humanitária e o governo teve que ocupar a cidade para evitar saques a lojas e instalações do Exército e da Cruz Vermelha.

A falta de mantimentos de primeira necessidade tornou a situação da população insustentável, tendo em vista que milhares de pessoas buscam e rogam por um assento nos helicópteros militares com intenção de deixar a cidade.

Para facilitar a chegada das equipes e da ajuda humanitária, a pista do aeroporto local foi reaberta nesta segunda-feira, para voos da empresa estatal Pilippine Airlines e das Forças Armadas, a fim de levar ajuda humanitária a ajudar na retirada de moradores desabrigados.

A tormenta neste momento está sobre a região autônoma de Guangxi Zhuang com ventos de cerca de 118 km/h, e já causou quatro mortes no país. Outras sete pessoas estão desaparecidas. Antes disso, o Haiyan passou pelo Vietnã e por Taiwan, deixando pelo menos 13 mortos.

AJUDA HUMANITÁRIA

Nesta segunda-feira, o papa Francisco anunciou que o Vaticano enviará US$ 150 mil (R$ 345 mil) às Filipinas para contribuir nas operações de resgate nas ilhas de Leyte e Samar. Mais cedo, a Chancelaria chinesa anunciou o repasse de US$ 200 mil (R$ 460 mil).

A ajuda se soma a outros US$ 36,8 milhões (R$ 84,6 milhões) enviados por diversos países e entidades, que ainda entregaram água, medicamentos, itens de higiene pessoal e material para a montagem de tendas temporárias.

Estados Unidos, Indonésia e Japão também enviaram pessoal e equipamentos para auxiliar as equipes de resgate.

Editoria de Arte/Folhapress

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