Folha de S. Paulo


Explosões em posto da polícia matam seis no Curdistão iraquiano

Pelo menos seis pessoas morreram neste domingo em uma série de explosões ao lado de um posto da polícia em Arbil, capital do Curdistão iraquiano, região autônoma no norte do país. A região tem relativa tranquilidade em comparação com o sul, onde sunitas e xiitas se enfrentam.

Segundo a administração local, outras 36 pessoas ficaram feridas no ataque, a maioria delas membros das forças de segurança, que ainda trocaram tiros com os criminosos antes das explosões. O governo curdo ainda afirma que matou cinco homens-bomba antes que atingissem a sede do Ministério do Interior.

Azad Lashkari/Reuters
Forças de seguranças do Curdistão inspecionam local de uma das explosões em Arbil, capital da região autônoma iraquiana
Forças de seguranças do Curdistão inspecionam local de uma das explosões em Arbil, capital da região autônoma iraquiana

O Curdistão iraquiano tinha permanecido até então a salvo da violência que assola outras partes do país, já que quase não ocorrem atentados em suas três províncias. No entanto, os curdos disputam a região de Kirkuk, próxima a Arbil, com os sunitas.

A vertente islâmica, que teve forte poder na ditadura de Saddam Hussein, é a principal responsável pelos ataques ao governo e a xiitas e curdos. A presença de grupos ligados à rede terrorista Al Qaeda também contribui para a violência excessiva no Iraque.

No mês de agosto, mais de 800 pessoas morreram em atentados provocados por motivo religioso. No último dia 20, a maioria dos líderes e partidos políticos iraquianos assinou um pacto de "honra e paz social" para tentar deter o derramamento de sangue e a violência sectária que afeta o país.


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