Folha de S. Paulo


EUA seguem preparados para agir se diplomacia com a Síria falhar, diz Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu neste sábado que a Síria vai ser responsabilizada se não cumprir a promessa de entregar armas químicas, ao responder questões sobre como o acordo mediado por EUA e Rússia seria aplicado.

Em comunicado, Obama disse que o acordo foi um importante passo para colocar as armas químicas da Síria sob controle internacional para que, finalmente, sejam destruídas. A negociação surgiu a partir de conversas entre o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov.

"Embora tenhamos feito progressos importantes, muito mais precisa ser feito", disse Obama.

Obama, em seu discurso, insistiu que os EUA "continuam preparados para agir" se os esforços diplomáticos falharem.

Ele disse que os EUA continuarão a trabalhar com a Rússia, o Reino Unido, a França, as Nações Unidas e outros para "garantir que este processo seja verificável, e que há consequências se o regime de Assad não cumprir o quadro acordado".

Obama tem sido criticado pela atuação em relação à Síria, dando mensagens confusas. Primeiro, levou as forças americanas à beira de uma ofensiva após um ataque com gás venenoso em agosto, que Washington acusa o presidente sírio, Bashar al-Assad, de ser o autor. Depois pediu aval do Congresso para, menos de uma semana depois, solicitar adiamento da votação para dar mais tempo à diplomacia.

Obama agora enfrenta questões sobre como o acordo diplomático sírio será aplicado, após altos funcionários do governo dos EUA terem dito na véspera que não vão insistir que o uso da força militar seja incluída entre as conseqüências se a Síria desrespeitar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que está sendo negociada.

"Sem a ameaça de força, não está claro para mim como o cumprimento da Síria será possível de acordo com os termos de qualquer acordo", disse o senador republicano Bob Corker.


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